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20 de Outubro de 2015 às 14:48

Na penúltima reunião de 2015, Copom deve manter taxa de juros

Encontro no Banco Central começa hoje e termina amanhã. Aposta é de que a Selic continuará em 14,25%, a maior em nove anos. Centrais fizeram protesto na Paulista – destaque foi um dragão de 13 metros


Crédito: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/FOTOS PÚBLICAS
Alexandre Tombini, presidente do BC, que deve manter atual Selic, contrariando interesses dos trabalhadores

Por Redação RBA

São Paulo – Com a aposta de manutenção dos juros básicos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faz hoje e amanhã (20/21) a penúltima reunião de 2015. Depois de sete altas seguidas, o Copom manteve em setembro a taxa Selic em 14,25% ao ano, no maior nível desde 2006. A expectativa é de que isso aconteça novamente agora e no último encontro do ano, em 24 e 25 de novembro. Uma redução, que não acontece desde outubro de 2012, só deve voltar a acontecer em 2016.

A principal preocupação manifesta do Comitê, a inflação, teve poucas alterações. Depois de certo alívio em agosto, quando foi a 0,22%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,54% no mês passado. No acumulado em 12 meses, a desaceleração ainda é pequena: 9,56% em julho, 9,53% em agosto e 9,49% em setembro. O IPCA de outubro será divulgado no próximo dia 6 pelo IBGE.

A estratégia do Banco Central é levar a inflação novamente ao centro da meta até o final do ano que vem. A alta do dólar pode atrapalhar esses planos. Em setembro, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do BC, Alexandre Tombini, citou "os ajustes de preços relativos representados pelo fortalecimento do dólar" como um dos desafios para a política monetária, fazendo a inflação se elevar no curto prazo. Segundo ele, o IPCA acumulado em 12 meses deverá permanecer elevado até o final do ano, "requerendo determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos".

Tombini diz que o cenário de convergência da inflação para 4,5% no final do ano que vem está mantido, "apesar de certa deterioração no balanço de riscos". Aos parlamentares, eçe falou ainda em manutenção do atual nível da Selic por um período "suficientemente prolongado", como condição necessária para atingir a meta.

Protesto

Centrais sindicais fizeram hoje pela manhã um protesto diante da sede do BC em São Paulo, na Avenida Paulista. Os sindicalistas querem redução imediata dos juros, afirmando que a medida é necessária para se pensar em retomada da atividade econômica e em criação de empregos. A atração do ato foi um dragão de 13 metros, representando a inflação.


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