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13 de Janeiro de 2020 às 09:54

Mobilização: Bancários protestam contra privatização da Caixa


A diretoria do Sindicato dos Bancários de Rondonópolis e região procurou o A TRIBUNA para se manifestar contra o processo de privatização de partes da Caixa Econômica Federal (CEF), banco estatal com forte participação em programas sociais que completa 159 anos de existência neste domingo (12). A parte das loterias da Caixa já foi privatizada e o próximo alvo é a Caixa Seguridade, o que, na opinião dos sindicalistas, pode provocar um enfraquecimento de sua participação em programas sociais, além de provocar desemprego entre os funcionários do banco.

De acordo com Almir Araújo, diretor de imprensa do Sindicato, desde o início do governo do ex-presidente Michel Temer que a Caixa, como é mais conhecido o banco público, vem sendo preparado para ser privatizado. “A ideia inicial deles era vender a Caixa na íntegra, mas como houve uma resistência muito grande do movimento sindical, resolveram fatiar o banco e vender por partes. A primeira grande baixa que nós tivemos foi as loterias, que foram criadas na década de 70 e que grande parte do que faturava ia para a questão da seguridade e para programas sociais. Agora, na próxima segunda-feira (13), será assinada com a empresa Tokio Marine a venda da parte da seguridade. Essa empresa vai usar toda a estrutura da Caixa a partir de agora para vender seguros de vida, de casas, de veículos e outros”, informou.

 AÇÕES

Segundo ele, em todo o país serão realizadas ações para conscientizar a sociedade sobre os prejuízos que ela terá com a privatização do banco público. “É um banco que desde que foi criado trabalhou para o desenvolvimento do Brasil e não para fins de se obter lucros privados. E agora está sendo vendido de forma fatiada. Nós estamos vindo a público nos manifestar contra isso. Não vamos fechar a agência aqui, mas iremos fazer falas do autoatendimento e vamos conversar também com os funcionários. É um grande prejuízo para a sociedade, pois no momento em que a Caixa é privatizada, há demissões e enxugamentos, mas o principal prejuízo que vemos é para os programas sociais, que são financiados com o lucro do banco, desde o Bolsa Família, como programas habitacionais e para o saneamento básico, que são questões que a Caixa sempre procurou financiar. Quando passar para a iniciativa privada, deixa de ter recursos para todas essas áreas”, concluiu.


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