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13 de Fevereiro de 2020 às 18:47

Lula e Papa Francisco defendem direitos dos trabalhadores e o fim da desigualdade


CUT Nacional

Em coletiva à imprensa depois de se encontrar com o Papa Francisco, em Roma, nesta quinta-feira (13), o ex-presidente Lula disse estar "muito satisfeito" com a conversa com o pontífice, que segundo ele foi focada na desigualdade social e na política ambiental.

"A minha visita teve como objetivo principal discutir com o Papa Francisco a questão da desigualdade e a questão da sua luta na defesa de uma boa política ambiental", disse Lula.

"Todo mundo sabe que o mundo está ficando mais desigual, que os trabalhadores estão perdendo direitos e que conquistas estão sendo derrubadas por interesses empresariais e financeiros", complementou.

Lula definiu como "alentadora” a decisão do Papa de participar do encontro -  "Economia de Francisco" - que será realizado com jovens no dia 11 de maio, em Assis (SP), no interior de São Paulo.  Segundo o Papa, o objetivo do encontro é inspirar uma nova economia, pois foi ali que Francisco despojou-se de toda a mundanidade para escolher a Deus como bússola da sua vida, tornando-se pobre com os pobres e irmão de todos.

Quando o Papa Francisco toma a atitude de fazer um encontro em Assis para discutir a desigualdade, chamando milhares de jovens para debater a nova economia do mundo, eu acho que é uma decisão alentadora do Papa, que toca num assunto vital para o futuro dos trabalhadores do mundo inteiro”, disse Lula.

Sobre a figura do Pontífice , o ex-presidente disse que,  “na idade dele, com 84 anos, ele quer fazer coisas que sejam irreversíveis, coisas que fiquem para sempre no seio da sociedade e alimentar a juventude a discutir os problemas da economia do mundo”.

Segundo o ex-presidente, discutir os problemas da realidade e da economia é uma  necessidade e “deve servir de exemplo para o movimento sindical, para outras igrejas, para os partidos políticos no mundo inteiro.”

Para Lula, o Papa cumpre papel importante para encontrar soluções e possíveis saídas para esses momentos de crise e instabilidade internacional.  “Se todo ser humano tiver a força, a disposição e a garra que ele tem de levantar temas instigantes para o debate, eu acho que a gente pode encontrar soluções mais fáceis”, apontou.


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