A Justiça do Trabalho da 24ª Região acaba de reconhecer que o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região (MS) é o legítimo representante dos trabalhadores da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pantanal do Mato Grosso do Sul (Sicredi Pantanal) e tem, portanto, o direito de receber o pagamento das contribuições sindicais devidas.

A sentença judicial da ação do Sindicato contra a Sicredi Pantanal foi concedida no dia 8 de março e publicada nesta quarta-feira dia 14.

“É uma vitória muito importante para o Sindicato, para a Federação dos Bancários do Centro Norte e para todo o movimento sindical bancário, que fortalece a luta da categoria pela unidade nacional por mais conquistas de direitos”, avalia Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

O juiz da 24ª Região, com sede em Maracaju (MS), fundamentou a decisão afirmando que os empregados da cooperativa possuem em comum a "situação de emprego na mesma atividade econômica" dos trabalhadores do ramo financeiro.

“A decisão é em primeira instância, mas representa uma importante vitória dos trabalhadores em Cooperativas de Crédito, que ao longo de mais de vinte anos sempre foram representados pelo Sindicato dos Bancários de Dourados, mas que foram surpreendidos no ano passado com o surgimento de um sindicato que se apresenta como sendo o representante desses trabalhadores sem consultar esses trabalhadores, os principais interessados no assunto”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados, Ronaldo Ramos Ferreira.  

Em recente pesquisa feita com os trabalhadores do Sicredi, a maioria disse desconhecer esse sindicato fantasma que apareceu e também que gostariam de continuar sendo representados pelo Sindicato dos Bancários.

Ronaldo lembra que em outro momento uma outra federação de trabalhadores em cooperativas já havia tentado colocar em dúvida essa representatividade, porém a Justiça entendeu e garantiu a representatividade ao Sindicato dos Bancários em Dourados.

“Os funcionários do Sicredi não podem continuar sendo vítimas desses pseudos sindicatos que ao invés de ajudar na luta e conquistas acabam trazendo prejuízos, pois o acordo coletivo não é assinado e os trabalhadores ficam sem representação durante as ações”, acrescenta Ronaldo.

Fetec/CUT/CN, com Seeb Dourados