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8 de Fevereiro de 2018 às 08:07

Junto com vítimas de trabalho escravo, Sindicato participa de evento no MPF


Crédito: Reprodução

Brasília - Foi com discurso de protesto contra a impunidade que vítimas de trabalho escravo se apresentaram, na terça-feira (6), no evento 'Vozes da Escravidão Contemporânea: correntes invisíveis, marcas evidentes'. O encontro foi promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) com a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e contou com a participação de representantes do Sindicato.

A mesa de discussão, que alertou sobre a situação do trabalho escravo nos tempos atuais, foi composta pelas vítimas Ismauir de Sousa, João Batista da Cunha e Kleyne Aparecida Batista, além de autoridades, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da Silva Filho e o coordenador da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, João Francisco Araújo Maria.

"Nesse evento, podemos ver que é possível dar a volta por cima, mas precisamos de informação, apoio e iniciativas como essa para tirar milhares de pessoas desta situação", relatou Kleyne Aparecida, resgatada em 2008 na fazenda Rancho Alegre, em Barra do Bugres (MT).

"O principal aprendizado foi adquirido por meio do testemunho das vítimas. O relato da experiência que elas tiveram é tão rico e profundo que vale mais que dados estatísticos e visão técnica. A partir de histórias como as que ouvimos, vemos o quanto é importante a atuação intransigente do Sindicato em defesa da vida do trabalhador”, destaca o diretor do Sindicato, Ronaldo Lustosa.

Para Humberto Adami, presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil do Conselho da OAB, a ideia é que o Sindicato se una à iniciativa. "Uma entidade como Sindicato dos Bancários de Brasília é essencial para o fortalecimento e crescimento de projetos que protejam os trabalhadores brasileiros. Além de dar voz às vítimas, a junção de mais essa organização no movimento vai dar visibilidade e poder de mudança para acabar com essa realidade no país", avaliou. 

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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