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2 de Julho de 2020 às 17:36

IBGE revela que número de brasileiros sem trabalho supera o de trabalhadores ocupados pela primeira vez


A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que apenas 49,5% das pessoas com idade de trabalhar (entre 15 e 64 anos) estavam ocupadas no trimestre encerrado em maio.

Foi a primeira vez que a taxa de desocupação superou a de ocupação. O levantamento é feito desde de 2012.

O total de pessoas ocupadas no Brasil ficou em 85,9 milhões. A queda em relação ao trimestre anterior foi de 8,3%, resultando em 7,8 milhões de pessoas a menos entre a população ocupada.

A inédita redução atingiu principalmente os trabalhadores informais, que somam profissionais sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e sem remuneração. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais.

O corte de postos de trabalho no setor privado reduziu de 33,6 milhões o número de trabalhadores com carteira assinada entre dezembro e fevereiro para 31,1 milhões no trimestre até maio.

Entre as pessoas que trabalhavam sem carteira assinada, a redução foi de 11,6 milhões de pessoas ocupadas no trimestre imediatamente anterior para 9,2 milhões no trimestre até maio. Já o número de trabalhadores domésticos recuou do patamar de 6,1 milhões para 5 milhões.

Desemprego

De acordo com o levantamento, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, ante 11,6% até fevereiro. Dessa forma, o contingente de desempregados no Brasil entre março e maio atingiu 12,7 milhões, de 12,3 milhões entre dezembro e fevereiro. Isso significa mais 368 mil pessoas à procura de trabalho em relação no trimestre até maio em relação aos três meses anteriores período anterior.

Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “os dados da PNAD confirmam a tendência de forte impacto da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho e na economia em geral, enquanto o governo se mostra aprisionado ao receituário neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, sem capacidade de ação para conter a deterioração das condições de vida dos brasileiros”.

Fonte: Seeb Brasília


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