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29 de Setembro de 2018 às 11:12

Haddad é a vitória da civilização contra a barbárie. Por isso tem o apoio da Fetec-CUT/CN

Brasil decide em outubro se retoma caminho do desenvolvimento com inclusão social ou continua com governo neoliberal para destruir mais direitos dos trabalhadores


Crédito: RICARDO STUCKERT

As eleições de outubro colocam mais uma vez o Brasil numa encruzilhada. O caminho que o povo brasileiro escolher nas urnas definirá o futuro do país nas próximas décadas. Por isso, é extremamente importante que façamos um esforço para compreender o que está em jogo nessas eleições e, a partir daí, termos mais elementos para fazer as escolhas que melhor atendam a nossos interesses como bancários e como trabalhadores.

Por um lado, o que está acontecendo no Brasil é exatamente a mesma coisa que ocorre em todo o mundo: a disputa entre o capital e o trabalho pela renda, por direitos e por cidadania. Mas a eleição este ano traz um novo e perigosíssimo componente, que é o avanço da ultradireita com sua agenda de pregação do ódio, do racismo, do machismo, da xenofobia e da violência, o que coloca em risco o grau civilizatório e a democracia que os brasileiros tanto lutaram para conquistar.

O grande capital, hoje sob hegemonia do sistema financeiro, para ampliar seus lucros tenta impor em todo o mundo sua agenda ultraliberal, que inclui o Estado mínimo, desregulamentação das legislações que dificultam sua livre movimentação, privatizações, extinção de direitos trabalhistas e fim das políticas públicas para as maiorias excluídas.

Derrotados nas últimas quatro eleições, os donos do dinheiro e seus defensores deram o golpe de 2016 para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, substituindo-a pelo vice Michel Temer, que está implementando exatamente esse programa.

Entre elas, está a liberação irrestrita da terceirização, reforma trabalhista que aniquilou a CLT e direitos dos trabalhadores conquistados em um século de lutas, imposição do teto de gastos com políticas públicas como saúde e educação por 20 anos (mas que garante o pagamento dos juros da dívida pública aos bancos e rentistas), entrega do pré-sal às multinacionais, enfraquecimento das empresas públicas (inclusive Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco da Amazônia) em preparação a privatizações, fim da política externa soberana e submissão aos interesses do Império e do grande capital nacional e internacional.

Por resistência da sociedade e falta de apoio político e de tempo, os golpistas não conseguiram aprovar todo o programa neoliberal, como a reforma da previdência – que Temer anunciou pretender aprovar após a eleição.

Há uma série de candidatos que não apenas apoiaram essas medidas antipopulares de Temer como assumem como bandeira em seus programas de governo concluir a imposição dessa agenda ultraliberal. Entre eles se destacam Jair Bolsonaro (PSL), que entregará a economia ao banqueiro ultraliberal Paulo Guedes; Geraldo Alckmin (PSDB); Henrique Meirelles (MDB), também banqueiro e ministro da Fazenda de Temer); João Amoêdo (Novo) e Álvaro Dias (Podemos).

Bolsonaro é hoje a maior ameaça aos trabalhadores, à democracia e à civilização. Além dos gestos de subserviência dirigidos pelo candidato ao mercado financeiro, o “posto Ipiranga” Guedes e o general Mourão, o vice, adiantaram pontos do programa de governo, que inclui tabela única de 20% do IR (que taxa mais os menores salários e beneficia os ricos), fim do 13º salário e do adicional de férias, reforma previdenciária que privilegia a previdência privada e praticamente extingue a previdência pública, privatização de todas as empresas públicas, inclusive Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobrás.

Além dessa pauta econômica neoliberal contra os trabalhadores e a favor dos donos da grana, Bolsonaro prega abertamente o ódio, defende golpe militar (que não descarta, se chegar ao governo), a tortura e até a eliminação física de adversários. Acha que as mulheres devem ganhar menos que os homens, banaliza o estrupro e abomina negros, índios e minorias.  

Percebam que Bolsonaro defende exatamente o oposto que nós, bancários e trabalhadores, que todo ano em nossas campanhas lutamos por aumento real de salário, mais direitos, melhores condições de trabalho, igualdade de oportunidades, salários iguais para mulheres e fim de discriminação de todos os tipos nos locais de trabalho. Por isso, #EleNão. #EleNunca.

Do outro lado do espectro político, temos quatro candidatos que, em maior ou menor grau, defendem as nossas mesmas bandeiras e já deixaram claro que, se eleitos, tentarão reverter a lei da terceirização irrestrita, a reforma trabalhista, o teto de 20% de gastos e as maldades do governo Temer contra os trabalhadores. São eles Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (Psol), Vera Lúcia (PSTU) e Ciro Gomes (PDT).

Nós, dirigentes sindicais bancários do Centro-Norte, defendemos a candidatura de Haddad por termos a convicção de que, neste momento, é o que reúne mais apoio popular segundo as pesquisas e que, portanto, tem melhores condições de derrotar a extrema-direita, os neoliberais, os adversários e inimigos dos trabalhadores.

Ex-ministro da Educação dos governos Lula, Haddad implantou o ProUni, Enem, ReUni, ampliou o Fies e criou 21 novas universidades federais, que possibilitaram a inclusão de mais de dois milhões de jovens pobres ao ensino superior. Como prefeito de São Paulo, implantou um novo plano diretor da cidade e medidas criativas que melhoraram o transporte público e o atendimento à saúde e educação nas periferias, além de diminuir as mortes no trânsito. Por essas medias, ganhou o Prêmio Mayors Challenge 2016 e o Habitat, Melhores Práticas Inovadoras da Nova Agenda Urbana da ONU.

Candidato de Lula, Haddad tem o compromisso de dar continuidade e aprofundar os programas sociais dos governos do ex-presidente, visando gerar empregos, promovendo o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, proteção das empresas públicas, defesa dos interesses do povo brasileiro e da soberania nacional.

Por isso tudo, nos juntamos aos milhões de homens e mulheres que entendem que Haddad é Lula e Lula é Haddad. E que ele é a melhor opção para defende a civilização contra a barbárie.

Diretoria da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN)
Sindicato dos Bancários do Pará
Sindicato dos Bancários de Mato Grosso
Sindicato dos Bancários de Rondônia
Sindicato dos Bancários do Amapá

 


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