Artigos

home » Artigos

17 de Outubro de 2013 às 09:08

Greves na Caixa: uma avaliação dos 10 últimos anos


* Por Pedro Eugênio Beneduzzi Leite


A partir de 2004 a maioria do movimento sindical optou pela tese de “Recuperação do Poder de Compra dos Salários”, em substituição a “Recuperação de Perdas”, por entender que o primeiro é mais abrangente. Isto vem sendo aprovado nos Conecef desde então.

Passados 10 anos, vamos ao balanço do que foi conquistado:

1 – Reajuste salarial de 100,1% (no mesmo período o ICV DIEESE foi de 71,9% e o INPC IBGE de 69,2%);

2 – PLR – antes a Caixa pagava PRX, que era atrelado as metas de cada unidade e que milhares de empregados NÃO RECEBIAM;

3 – PLR Social – um percentual de 4% do lucro liquido, para ser distribuído linearmente entre todos os empregados. (nenhum outro banco tem e isto faz com que a Caixa seja o banco que paga o maior percentual de PLR.);

4 – Cesta-Alimentação – a gente não recebia até 2004;

5 – 13ª Cesta-Alimentação;

6 – Saldamento do Reg.Replan e Novo Plano, em 2006. Com o saldamento foi criado o artigo 115, que trata do Fundo para Revisão do Benefício Saldado, e com isso o benefício saldado já foi corrigido, entre incentivo e aplicação do artigo 115, em 27% ACIMA do INPC de agosto de 2006 para cá. Além disso os que saldaram pagam apenas 1% do valor do benefício para a Funcef, enquanto os que não saldaram continuam pagando o mesmo percentual da ativa, entre 5,5% e 7,5% de contribuição. E mais, para quem saldou e continuou trabalhando na Caixa foi criado o FAB – Fundo de Acumulação de Benefícios. Com isso hoje temos muitos colegas se aposentando com Benefício TOTAL – Benefício Saldado + Benefício oriundo do FAB + Benefício do Novo Plano + Benefício do INSS – MAIOR que o salário da ativa.
No Novo Plano a Caixa passou a contribuir com até 12%, incluindo o CTVA. Enquanto no Reg.Replan e no REB a contribuição da Caixa é de 7% e não inclui o CTVA;

7 – PCS, em 2008. Na criação do PCS houve correção salarial de até 12% para os empregados antigos (no meu caso 11%) e até 10 mil reais em dinheiro. Para os empregados novos significou sair de um plano de apenas 15 níveis; sem promoção por merecimento e com teto salarial à época de R$1.700,00, para um plano com 48 níveis; interstício de 2,3% de um nível para outro; promoção por merecimento e teto salarial, à época, de R$3.700,00. E ficar no mesmo plano dos empregados antigos;

8 – Para os novos empregados foi conquistado também neste período: direito a parcelamento de férias; APIPs; Saúde Caixa igual aos demais funcionários (antes a mensalidade era fixa e o percentual de contribuição pela utilização era
de 50%).
9 – Nestes 10 anos conseguimos também o fim dos mercados D; C e B, com a equiparação ao mercado A; o PFG, que valorizou a maioria das funções; o PSI (antes as funções eram apenas por indicação); manter filhos como dependentes do Saúde Caixa até os 27 anos;.......

Importante: para chegar a tudo isso foi preciso debater; fazer Assembléias; Encontros e Congressos; apresentar propostas; reivindicar e FAZER GREVES!

Resumindo: são 10 anos de muita luta e de muitos avanços!

 

Pedro Eugênio Beneduzzi Leite

Presidente da Fenae


Notícias Relacionadas