Brasília - A direção do Sindicato dos Bancários de Brasília repudia com veemência o descaso dos setores empresariais da segurança privada da Capital Federal com os vigilantes do Distrito Federal.

Os vigilantes estão desde outubro do ano passado tentando negociar com os patrões a Campanha Salarial de 2017. A data-base dos trabalhadores é em janeiro e, até agora, os patrões insistem em desrespeitar a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, que proíbe a adoção do vigilante parcial. É uma cláusula fixada há 19 anos que se estabelece em direito adquirido. Dessa cláusula pétrea, os vigilantes não vão abrir mão.

Os empresários querem, ao adotar a figura do “horista”, precarizar ainda mais as condições de trabalho dos vigilantes e ganhar mais dinheiro com os contratos firmados de prestação de serviço. Atualmente, o piso salarial dos vigilantes é de R$ 2.454. Um "horista" receberia cerca de 1/3 desse valor. Ou seja, um prato cheio para os empresários.

Vale ressaltar que a categoria dos vigilantes é uma grande aliada dos bancários e terá nosso total apoio. Além disso, segundo a legislação, por questões de segurança, as agências bancárias têm de permanecer fechadas durante a greve e, onde não houver vigilantes, os bancários têm de ser dispensados do trabalho.

Nesse sentido, além de notificar as instituições financeiras, estamos solicitando à Polícia Federal a realização de uma profunda fiscalização para apurar fatos denunciados, a fim de que os bancos sejam responsabilizados por irregularidades e violações à Lei 7.102/83 e às portarias da PF e pelo descumprimento dos planos de seguranças dos estabelecimentos bancários.

Por fim, todas as medidas judiciais serão utilizadas para garantir o êxito da greve dos vigilantes e a segurança dos bancários. 

Em caso de desrespeito com a legislação entre em contato com o Sindicato e faça sua denúncia.

Eduardo Araujo de Souza
Diretor-Presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília