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12 de Setembro de 2016 às 15:14

Greve cresce em todo o país na véspera da nova rodada de negociação com os bancos

Reunião com Fenaban será nesta terça-feira 13 em São Paulo e foi marcada depois que o Comando rejeitou a proposta de 7% mais abono. No sétimo dia, greve fechou 11.531 agências de 48 centros administrativos


Crédito: SEEB/BSB

A greve nacional dos bancários continua crescendo em todo o país e parou 11.531 agências e 48 centros administrativos nesta segunda-feira 12, sétimo dia da paralisação e véspera da nova rodada de negociação do Comando Nacional com a Fenaban, em São Paulo. O número representa 48,97% de todas as agências do Brasil. A nova reunião foi marcada depois que o Comando Nacional, integrado pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN),  rejeitou na mesa, na sexta-feira 9, a nova proposta dos bancos, que elevou de 6,5% para 7% o reajuste do salário (2,39% abaixo da inflação), da PLR e demais verbas salariais e aumentou o abono para R$ 3.300, mas continua ignorando as reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

Segundo levantamento da Contraf-CUT, o índice nacional de paralisação aumentou em 15% nesta segunda-feira. Nas 12 bases sindicais da Fetec-CUT/CN, foram fechadas 1.497 agências, um crescimento de 16,86% em relação à sexta-feira (veja no quadro abaixo).

“O crescimento da greve em todo o país só mostra que os bancários não vão aceitar proposta que rebaixe salário, não valorize o piso e ignore as reivindicações de promoção do emprego e da saúde, de melhoria das condições de trabalho, o que inclui combate ao assédio moral e às metas abusivas, e de políticas que tragam mais segurança e garanta igualdade de oportunidades”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional.

> Acesse aqui a galeria de imagens do 7 dia da Greve na Região Centro Norte

“Na rodada de negociação da sexta-feira deixamos claro que não aceitaremos a estratégia dos bancos de trocar reajuste por abono, porque essa é uma armadilha que traz perdas presentes e futuras para a categoria, como já ocorreu durante os governos neoliberais na década de 1990”, acrescenta Avelino.

Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos, de 1995 a 2002 (os dois governos FHC) os bancários dos bancos privados tiveram perdas de 4,60% nos salários, os do Banco do Brasil 33,53% e os empregados da Caixa 37,38%.

 

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Fonte: Fetec-CUT/CN


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