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15 de Outubro de 2015 às 17:45

Greve chega ao 10º dia com recorde de adesão dos últimos 20 anos. Está claro: sem aumento real, não tem acordo

Foram paralisadas 11.818 agências em todo o país no dia 15. Do total, 1.359 estão nas bases dos sindicatos filiados à Fetec-CUT/CN


Crédito: SEEB/RO

Diante do silêncio dos bancos à reivindicação dos bancários pela apresentação de uma nova proposta que contemple aumento real de salário, proteção do emprego e da saúde, melhores condições de trabalho (com combate às metas abusivas e ao assédio moral), mais segurança e igualdade de oportunidades, a greve nacional da categoria continua crescendo nos 26 estados e no DF. Ao completar dez dias de paralisação nesta quinta-feira 15, subiu para 11.818 o número de agências e 44 centros administrativos fechados. Nas bases dos 12 sindicatos filiados à Federação Centro Norte (Fetec/CUT CN), foram 1.359 unidades paralisadas, um aumento de 46,6% em relação ao primeiro dia da greve, em 6 de outubro.

Veja aqui a galeria de imagens do décimo dia da greve nos sindicatos da Fetec/CUT CN.

"Essa já é a maior greve da categoria bancária dos últimos 20 anos. A paralisação cresce a cada dia em todos os estados porque os bancários estão indignados com os bancos, que têm no Brasil os maiores lucros e a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, pagam salários milionários a seus executivos e desrespeitam os trabalhadores que produzem esses resultados ao oferecerem um reajuste 4% inferior à inflação e ignorando totalmente as demais reivindicações sociais", afirma José Avelino, presidente da Fetec/CUT CN e integrante do Comando Nacional dos Bancários.

A greve foi deflagrada no dia 6 de outubro, quando foram fechadas 6.286 agências e departamentos em todos os estados e no DF. Nesses dez dias em que os banqueiros sustentaram a intransigência, a greve cresceu mais de 88% e é maior que a paralisação de 2013 (até então a maior greve da categoria desde o início da década de 90), quando os bancários fecharam 10.633 agências no nono dia (o décimo dia foi um sábado).

"O recado da categoria é claro. Os bancários não aceitarão a implementação de uma política de arrocho salarial, como os bancos estão tentando impor. A greve continuará crescendo enquanto não houver aumento real, proteção do emprego, melhores condições de trabalho e saúde, mais segurança e igualdade de oportunidades. ", adverte Avelino.

O décimo dia da greve na base da Fetec Centro Norte

 

 

Compare as diferenças entre o que os bancários reivindicam e o que os bancos propõem:

Fonte: Fetec-CUT/CN


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