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26 de Abril de 2019 às 07:28

Governo intervém no BB e veta publicidade que valorizava a diversidade


Crédito: Reprodução

Brasília -A ultra ingerência do governo Bolsonaro no Banco do Brasil causou revolta nas redes sociais nesta quinta-feira (25). Uma campanha publicitária do banco foi reprovada pelo Palácio do Planalto, “por ter diversidade demais”. O presidente Jair Bolsonaro não gostou e decidiu vetar o vídeo, protagonizado por um elenco de jovens negros e tatuados usando anéis e cabelos compridos. Eles divulgavam o serviço de abertura de conta pelo aplicativo do banco. As informações são do jornal O Globo

Marcado pela diversidade, uma representação da população brasileira, o comercial era dirigido ao público jovem, o qual o banco tem interesse em atrair. Mas sob essa justificativa implausível, o capitão agiu rápido e não mandou recado: ele próprio entrou em contato com o presidente do BB, Rubem Novaes, para reclamar e vetar a peça publicitária.
 
O diretor de Comunicação e Marketing do BB, Delano Valentim, acabou levando a pior. De férias, ele não voltará a assumir o cargo. 
 
Em nota, Rubem Novaes se limitou a dizer: "O presidente e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor de Marketing é uma decisão de consenso — inclusive com aceitação do próprio".
 
“Qual o motivo de tanta irritação por parte do capitão? Por que a diversidade o incomoda?”, questiona o diretor do Sindicato Kleytton Morais. Isso é preconceito e o Sindicato repudia comportamentos dessa natureza”. 
 
O diretor do Sindicato acrescenta: “Além de suspender a veiculação e demitir o diretor de marketing, demonstrando uma ultra ingerência no BB, Bolsonaro ainda soltou mais uma pérola: ‘o Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay’, temos famílias’”.
 
Essa atitude, tanto do presidente quanto do BB, representa um retrocesso à promoção da diversidade e da igualdade, uma luta constante do movimento sindical. “É preocupante a volta da censura, e esperamos que a instituição financeira reavalie sua postura de retirar o vídeo do ar”, cobra Kleytton.

Assista aqui ao vídeo:



Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação com O Globo


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