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15 de Janeiro de 2019 às 06:47

Gabinete de Bolsonaro não registrou faltas de filha do Queiroz


CUT Nacional

Apesar de trabalhar como personal trainer de celebridades no Rio de Janeiro em horário comercial, Nathalia Queiroz, ex-secretária parlamentar do então deputado federal e agora presidente, Jair Bolsonaro (PSL), não teve registros de faltas no mesmo período e sua frequência no gabinete foi 100% atestada, segundo a Câmara dos Deputados.

O gabinete de Bolsonaro não registrou nenhuma falta injustificada nem mesmo licença nos quase dois anos (dezembro de 2016 a outubro de 2018) em que Nathalia trabalhou como assessora de Bolsonaro, com salário de cerca de R$ 10 mil, segundo reportagem da CBN divulgada nesta segunda-feira (14).

Coincidentemente, ela foi exonerada, em Brasília, no mesmo dia em que o pai, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), investigado por uma movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, era dispensado pelo filho do presidente, no Rio de Janeiro. 

Nathalia, assim como o pai, é citada no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que denunciou as transações financeiras consideradas suspeitas, como um depósito de R$ 24 mil destinado à primeira-dama Michelle Bolsonaro e as movimentações de R$ 84 mil entre as contas de Nathalia e Queiroz. 

Outras transações que estão sendo investigadas correspondem aos depósitos feitos na conta do ex-motorista, cuja maior parte era feita por nove ex-assessores de Flávio Bolsonaro nos dias de pagamento da Alerj ou até três dias úteis depois.

A suspeita é de que Queiroz, o motorista e segurança de Flávio Bolsonaro, seria uma espécie de "laranja", responsável pelo recolhimento de parte dos salários desses assessores, que depois eram encaminhados à família do atual deputado e senador eleito. 

O pai de Nathália, que deve explicações ao Ministério Público, alega estar se tratando de um câncer no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por isso não compareceu em nenhum dos depoimentos para o qual foi intimado. Foi Nathalia, que também não compareceu para prestar depoimento, assim como sua mãe e irmã, quem filmou o vídeo em que Queiroz aparece dançando, junto com sua mulher, no leito do hospital, que viralizou no final de semana. 

A mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, e sua outra filha, Evelyn de Melo Queiroz, que igualmente trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro, também faltaram a depoimentos que deveriam prestar ao Ministério Público, sob a alegação de que se mudaram temporariamente para São Paulo para acompanhar o tratamento do pai. 

*Com informações Rede Brasil Atual 


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