Com a participação da Federação do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, entregou nesta quinta-feira 11 ao presidente Rogério Caffarelli, em São Paulo, a pauta específica de reivindicações da Campanha 2016, que tem entre as prioridades a defesa do BB públicos, manutenção da mesa única de negociações e PCR com interstícios de 6% na tabela de antiguidade e mérito, com piso do Dieese.
“Nós ressaltamos a necessidade do diálogo e a manutenção da mesa única de negociação, concomitante com as negociações das questões específicas, e respeito aos funcionários no caso de reestruturação, o que implica manutenção de direitos, de remuneração e de praça. Também trouxemos a preocupação em relação às agências digitais, das condições de trabalho dos bancários que estão sendo incorporados nas agências desse modelo do BB Digital, e enfatizamos ainda a necessidade de o Banco do Brasil valorizar o piso e os interstícios do PCR”, afirma Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
“Também cobramos um empenho da empresa em relação às negociações sobre a Cassi, que estão correndo paralelas mas também fazem parte das reivindicações da campanha 2016, na busca de uma solução para a sustentabilidade da Caixa de Assistência. E por fim enfatizamos a necessidade de defesa do BB como banco público e contra a privatização”, acrescenta Zanon.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, explicou que “os bancários já avisaram ao BB que este é um ano diferente. “Além das preocupações com remuneração, emprego, igualdade, saúde e condições de trabalho, estamos muito preocupados com a defesa dos direitos gerais dos trabalhadores, com a defesa da democracia e com a defesa dos bancos públicos. A manutenção da mesa única e a garantia das mesas concomitantes são pontos que devem ser continuados. Reafirmamos o que o nosso otimismo está fundamentado na nossa mobilização e na nossa unidade, disposta a negociar mas pronta para lutar. Entregamos um pedido, que é a materialização da vontade de milhares e aguardamos a merecida valorização e o reconhecimento do nosso trabalho.”
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, com a entrega da minuta, uma nova fase é iniciada com as negociações da mesa específica. “Durante o ano inteiro realizamos programação de calendários, congressos, encontros e assembleias regionais, Congresso Nacional Específico dos funcionários do BB e a Conferência Nacional do Bancários, onde debatemos as reivindicações dos bancários e bancários de todo o país. Após a entrega da pauta de reivindicações iniciaremos as negociações. Sabemos que o banco tem condições de atender às reivindicações e esperamos sair com um bom acordo para os funcionários do BB”, ressaltou.
Ao receber a minuta, o presidente do BB, Rogério Caffarelli, que é funcionário de carreira do banco, disse respeitar o funcionalismo, estar aberto ao diálogo e valorizar as negociações da Campanha Nacional. E que espera fechar a campanha com base no diálogo.
A minuta do funcionalismo do BB
A pauta específica foi aprovada no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado entre 16 e 19 de junho, em São Paulo. Os delegados presentes definiram como prioridades para a Campanha Nacional 2016 a unidade e a resistência em defesa dos bancos públicos.
Em relação à remuneração, reivindicam PCR com interstícios de 6% na tabela de antiguidade e mérito, com piso do Dieese, visando também recompor as perdas do governo FHC.
Veja as principais reivindicações do BB:
˃ Defesa do banco público, contra a privatização.
˃ Jornada de seis horas para todos, sem redução de salário.
˃ Vale alimentação e refeição na licença saúde e maternidade.
˃ Não constar nenhum registro no ponto eletrônico sobre falta de greve.
˃ Fim do desvio de função, pagamento das substituições.
˃ Critérios transparentes e objetivos de ascensão profissional.
˃ Mais contratações.
˃ Redução para 10 anos do prazo de elegibilidade no Previ Futuro.
˃ Prazo amplo para utilização de folgas adquiridas.
˃ Isonomia: licença prêmio e férias de 35 dias para os pós-98.
˃ Fim dos problemas decorrentes da implantação do modelo BB Digital.
˃ Melhoria das condições de trabalho nas PSOs.
˃ Fim dos descomissionamentos imotivados (fim do ato de gestão).
˃ Pagamento de 7ª e 8ª horas.
˃ Maior prazo para cumprimento de horas negativas.
˃ Manutenção de remuneração e praça dos trabalhadores em caso de reestruturações.
˃ Comitês de ética paritários.
˃ Fim da imposição de metas e combate ao assédio moral.
˃ Reivindicações específicas para o Sesmt e Ouvidoria.
Cassi e Previ
O funcionalismo do BB reivindica ainda mais autonomia na estrutura do Sesmt e implantação na Cassi do modelo de assistência integral à saúde. Na Previ, a luta é pela manutenção da participação de associados na gestão, ameaçada pelo PLP 268, pelo fim do voto de minerva, melhoria dos benefícios para os participantes, redução das taxas de carregamento e administração e contribuição 2B a todos, inclusive incorporados.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT