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17 de Agosto de 2018 às 13:49

Fenaban não traz proposta; negociação continua terça 21 e só termina quando houver proposta decente

Comando convoca semana nacional de luta para pressionar bancos a apresentarem proposta que atenda as reivindicações


Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT

Contradizendo o compromisso assumido na entrega da pauta de reivindicações, dia 13 de junho, de que pretendiam concluir um acordo com rapidez, os bancos mais uma vez frustraram a expectativa dos bancários e não apresentaram nenhuma nova proposta na rodada de negociação desta sexta-feira 17 – a sétima da Campanha Nacional 2018. Diante da cobrança do Comando Nacional dos Bancários, ficou acertado que as negociações continuarão na terça-feira 21 e só serão encerradas quando houver uma proposta de acordo ou se chegarem a um impasse, para, em qualquer dos casos, ser submetido à decisão das assembleias da categoria em todo o país.

Comando convoca semana nacional de luta a partir da segunda-feira dia 20, para pressionar os banqueiros a apresentarem uma proposta global que contemple as reivindicações da categoria.

Os representantes dos bancários abriram a reunião informando que a proposta da Fenaban apresentada no dia 7 de agosto, de apenas repor a inflação sobre todas as verbas salariais, foi rejeitada por unanimidade nas assembleias de todas as bases sindicais do país, por considerá-la incompleta e insuficiente, uma vez que não contemplava aumento real nem proteção ao emprego, manutenção das conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Veja como foram as mesas de negociação de bancos públicos:

> Negociação com o BB continua na terça (21), após mesa única da Fenaban

> Mesa específica da Caixa: Mobilização traz avanços, mas ainda insuficientes

> Segunda mesa com Banco da Amazônia inicia debate sobre cláusulas da minuta

> BRB quer acabar com a incorporação de função

> Banpará não discute cláusulas econômicas, mas apresenta propostas a debates anteriores

“Continuamos o processo de negociação, no qual reiteramos à Fenaban que não abrimos mão de nenhum de nossos direitos e que queremos garantir todas as nossas cláusulas anteriormente conquistadas, e que estão na Convenção Coletiva, e garantir aumento real. Negociação continua na semana que vem e os bancários precisam continuar atentos e mobilizados”, afirma Clodoaldo Barbosa, presidente do Sindicato do Mato Grosso e que nesta sexta-feira representou a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) na mesa de negociação com os bancos.

“Ainda deixamos claro mais uma vez à Fenaban que qualquer proposta para a categoria tem que contemplar os colegas dos bancos públicos e que só aceitaremos um acordo que envolva todos os bancários”, acrescenta Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN e também integrante do Comando Nacional.

O que os bancários querem

˃ Aumento real de 5%.

˃ PLR de três salários mais R$ 8.546,64 fixos para todos.

˃ Pisos salariais:

• R$ 3.747,10 para portaria, contínuos, serventes e escritório.

• R$ 5.058,59 para caixas, operadores de atendimento, empregados de tesouraria, analistas de crédito e os que efetuam pagamentos e recebimentos.

• Primeiro comissionado: R$ 6.370,07 (incluindo gratificação de função).

• Primeiro gerente e técnico de TI: R$8.430,98 (incluindo gratificação de função).

˃ Assinatura de pré-acordo para estender a validade da Convenção Coletiva (que expira em 31 de agosto) até que novo acordo seja firmado, garantindo assim a manutenção de todos os direitos da categoria.

˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações e ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 954,00 (salário mínimo nacional).

˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, garantindo salários iguais para as mesmas funções, preservando a isonomia salarial.

˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

˃ 14º salário.

˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Veja como foram as seis rodadas de negociação até agora:

˃ Fenaban propõe apenas reposição da inflação por quatro anos. Comando Nacional indica rejeição

˃ Fenaban não apresenta proposta. Comando orienta realização de assembleias no dia 8

˃ Mesmo com os lucros recordes, bancos se negam a dar garantia de emprego à categoria bancária

˃ Rodada de negociação com os bancos sobre saúde e condições de trabalho termina sem avanços

˃ Banqueiros aceitam calendário de negociações apresentada na mesa pelo Comando dos Bancários

˃ Bancos frustram bancários e não assinam pré-acordo da CCT e nem fixam calendário de negociações

 
Fonte: Fetec-CUT/CN


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