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1 de Abril de 2020 às 18:22

Erika Kokay encaminha ofício ao Bacen e carta aberta à Febraban pedindo medidas mais radicais para preservar vidas. Sindicato agradece


O agravamento da crise sanitária causada pelo novo coronavírus no Brasil exige medidas mais severas das instituições para minimizar o risco de contágio e, consequentemente, o colapso no sistema de saúde. Tendo em vista os perigos a que estão expostos bancários, clientes e usuários, a deputada federal e bancária aposentada da Caixa, Erika Kokay (PT-DF) encaminhou um ofício ao Banco Central e uma carta aberta à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) cobrando ações mais duras de enfrentamento à pandemia.

No documento à Febraban, Erika mencionou que a suspensão das atividades bancárias presenciais, adotadas pelo Governo do Distrito Federal, a pedido do Sindicato, deve ser considerada, já que o ambiente bancário é propício à disseminação e ao contágio pela Covid-19. Os edifícios dos bancos públicos, por exemplo, aglomeram milhares de trabalhadores diariamente.

A carta da deputada ressalta que “as ações para proteção de clientes e funcionários adotadas até o momento pelos bancos, como o trabalho em esquema de home office; a divisão das equipes que ainda estão atuando presencialmente e definição de locais de trabalho diferenciado para cada grupo de forma a reduzir o número de profissionais concentrados ao mesmo tempo nos locais de trabalho; e a indicação de canais para notificação de casos entre os funcionários dos bancos são importantes, mas o alastramento da doença em níveis cada vez alarmantes em todo o país exige a adoção de medidas radicais”. Erika sugere, entre outras ações, a padronização das normas a todos os bancos; fechamento das agências ou regulamentação da redução do horário de atendimento exclusivamente para casos excepcionalíssimos; suspensão de metas e das demissões como medida fundamental para resguardar a saúde dos bancários e da população, evitando assim a disseminação do coronavírus.

Bacen

O ofício enviado ao presidente do Banco Central, Roberto de Oliveira Campos Neto, ressaltou a importância de fiscalização e padronização das medidas adotadas pelos bancos. Além de lembrar que o momento exige responsabilidade e esforço de todos os atores que compõem o setor financeiro, a deputada federal frisou no documento que “é inconcebível que neste momento de tão grave crise a busca insaciável pelo lucro seja colocada acima do direito à saúde e à vida humanas”.

O Sindicato corrobora as reivindicações feitas pela bancária e parlamentar ao Banco Central e à Febraban. “Em nome dos trabalhadores em bancos, do ramo financeiro, agradecemos a prontidão e a solidariedade da deputada às nossas demandas que, neste momento, se fazem urgentes”, comenta o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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