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27 de Dezembro de 2018 às 07:57

Entidades sindicais debatem PLR com Banco da Amazônia na última reunião de 2018


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Na última mesa permanente de 2018 com o Banco da Amazônia realizada no dia 20 de dezembro, o Sindicato dos Bancários do Pará, junto com a Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte debateram a proposta de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do banco para 2019.

A proposta apresentada para a PLR mantém um montante limitado a 9,25% do lucro líquido obtido no exercício ou a 25% dos dividendos/juros sobre capital próprio a serem pagos aos acionistas, o que for menor dividido em 2 módulos independentes: Módulo básico (6,25% do lucro líquido); e Módulo social (3% do lucro líquido).

Também mantém o formato de distribuição: 40% linear (valor fixo a ser distribuído igualmente a todos); e 60% com base no múltiplo de salário bruto calculado sobre o valor da folha geral (% padrão aplicado a todos).

Novidades na base de cálculo

Uma novidade no cálculo da PLR 2019 seria a inclusão do indicador de meta de produtividade orientado pela SEST e o indicador de eficiência, com o objetivo de controlar despesas administrativas, incluindo despesas de pessoal. O banco estuda a inclusão de outro indicador para o cálculo da PLR, o qual deverá refletir a execução de políticas públicas setoriais a cargo da empresa.

Redução de metas para distribuição

O Banco da Amazônia estima trabalhar com o mínimo de 4 e máximo de 8 indicadores de metas para o cálculo da PLR a partir de 2019 e pretende atrelar a distribuição proporcional da mesma ao cumprimento de, pelo menos, 60% das metas estabelecidas. Atualmente o Banco da Amazônia cobra o cumprimento mínimo de 80% das metas para distribuir a PLR proporcional a seus empregados. O banco mantém a proposta de distribuição integral da PLR somente com o cumprimento de 100% das metas.

Entidades sugerem redução do IRPL

Sobre a apuração dos indicadores para o cumprimento de metas o que chamou a atenção dos dirigentes sindicais presentes na reunião foi o índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido (IRPL), o qual mede a rentabilidade do capital próprio do banco e visa a sustentabilidade financeira da empresa.

Esse indicador tem 7,23% como índice de meta, a qual foi superada em 2014 (11,4%) e em 2015 (12,49%), porém, desde 2016 o banco não consegue cumprir essa meta e o índice do mesmo só vem decrescendo: 6,79% em 2016; 3,59% em 2017; e 1,80% em 2018 (mas ainda em apuração). Por esse motivo, as entidades sindicais sugeriram que o índice seja reduzido para esse indicador como forma de facilitar o cumprimento da meta e garantir a PLR integral dos empregados.

PLR 2018

Sobre a distribuição da PLR 2018 o Banco da Amazônia informou que a PLR Social já está garantida, mas que o módulo básico ainda está em 63,1% das metas que devem ser atingidas. Entretanto, o banco afirma que já trabalha com seus gestores para que a totalidade das metas seja cumprida até o fechamento do resultado financeiro da instituição e a PLR seja distribuída integralmente a seus empregados.

“Entendemos que a PLR é um direito da categoria bancária e que, se o banco atingiu lucro, o mesmo deve ser distribuído com seus empregados, independente de metas. Por outro lado, o Banco da Amazônia afirma que essa é uma imposição da reguladora das estatais e que não pode distribuir sua PLR sem o cumprimento de metas. Nesse sentido, fizemos sugestões para que esses indicadores sejam amenizados pela SEST, para que a PLR dos empregados do Banco da Amazônia seja garantida permanentemente”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

“A Contraf-CUT também entende que a PLR é um direito que independe de metas e, por esse motivo, ressaltamos ao Banco da Amazônia que todos os esforços devem ser feitos pela direção do banco junto à SEST para que a PLR possa ser, de fato, uma garantia de seus empregados, pois a incerteza do cumprimento de metas dificulta qualquer planejamento financeiro pessoal de seus trabalhadores”, destaca a diretora executiva da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

“Esperamos que o planejamento que o Banco da Amazônia faz para garantir o pagamento da PLR dos seus empregados se concretize na prática, da mesma forma que esperamos que os empregados e empregadas do Banco da Amazônia recebam integralmente a PLR 2018. Seguiremos firmes na luta pela garantia dos direitos da nossa categoria através de muita luta”, ressalta o diretor da Fetec-CT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Além de Gilmar Santos, Rosalina Amorim e Sérgio Trindade, os trabalhadores também foram representados na reunião pela diretora do Sindicato e empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia, além do assessor jurídico do Sindicato, Fernando Galiza.

 

Fonte: Bancários PA


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