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7 de Junho de 2016 às 18:09

Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú discute reivindicações específicas

Bancários estão construindo a pauta da Campanha Nacional 2016 que será entregue ao banco


Crédito: Jailton Garcia / Contraf-CUT
150 delegados e delegadas participam do encontro

São Paulo - Desde 2011 o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho, o grande número de demissões está entre as preocupações debatidas no Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú. Reunidos em São Paulo, 150 delegados (as), sendo 96 homens e 54 mulheres, estão construindo a pauta de reivindicações específicas, que será entregue ao banco.

Os funcionários formaram três grupos de trabalho para debater os temas remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho.

 

Remuneração

As discussões sobre remuneração incluem o PCS (Plano de Cargos e Salários); AGIR (Programa de Ação Gerencial Itaú de Resultados); PCR (Participação Complementar nos Resultados), entre outros pontos.

“Uma das reivindicações é participação do movimento sindical na construção do plano de cargos e salários.Ter um plano mais justo e digno”, explicou Emiliano Netto, um dos coordenadores do grupo de remuneração.

 

Emprego

O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais vêm promovendo a eliminação de postos de trabalho e sobrecarregando quem permanece nas agências físicas. Em São Paulo, são sete agências digitais, e uma no Rio de Janeiro. Mas o banco já sinalizou que estenderá o projeto em todo o Brasil.

Os funcionários também denunciam o aumento de demissões por justa causa, principalmente ligadas a ponto eletrônico, falta injustificada, e até afastamentos por doença. Num dos casos, uma funcionária de licença maternidade foi demitida. O que está sendo monitorado pelo movimento sindical.

“Há também várias agências no interior com apenas um funcionário, atendendo  todos os clientes e sendo alvo de metas abusivas e assédio moral. Os casos de desvio de funções também estão crescendo, queremos mudanças urgentes e mais respeito aos funcionários”, avaliou Sandra Regina Homeniuk, uma das coordenadoras do grupo de emprego.  

 

Saúde

O grupo sobre saúde e condições de trabalho destacou alguns pontos da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que o banco vem tentando usar em benefício próprio, para prejudicar os trabalhadores, como as cláusulas de retorno ao trabalho. O Itaú tem descontado de uma só vez o salário dos funcionários que retornam ao trabalho, após afastamento por doença, o que tem gerado grande revolta.

Entre os itens de pauta, também foi discutida a implementação da cláusula 57, que prevê o desenvolvimento de programas, pelos bancos, para a melhoria contínua das relações de trabalho. Além da participação e avaliação do PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional).

O Itaú está transferido para o gestor da agência a função de receber e analisar os atestados médicos apresentados pelos funcionários. Outra denúncia trazida ao grupo é a falta de emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), o que acaba mascarando o número real de bancários adoecidos e acidentados.

“Conquistamos a instalação do GT de saúde no Itaú, com um calendário de reuniões de 15 em 15 dias. Estamos tratando questões como o PCMSO e o programa de retorno ao trabalho. Já fizemos várias solicitações ao banco, que também constarão da nossa minuta que será entregue ao Itaú”, ressaltou Adma Gomes, integrante da COE Itaú e uma das coordenadoras do grupo que discutiu saúde.

Nesta quarta-feira (8), os funcionários do Itaú definem a minuta de reivindicações a partir das discussões realizadas pelos grupos.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários


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