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13 de Janeiro de 2017 às 06:05

Empregados somam forças com o Sindicato em defesa da Caixa


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - No dia em que a Caixa Econômica Federal completa 156 anos, o Sindicato realizou um grande ato para homenagear os empregados e empregadas, verdadeiros responsáveis pelo desempenho da estatal, e alertar para as ameaças que pairam sobre o banco. Nesta quinta-feira (12), foi a vez dos trabalhadores lotados nos prédios administrativos receberem a visita dos dirigentes do Sindicato, ao som de violinos, clarinete e flauta transversal.

Logo no início da manhã, o Sindicato promoveu um café da manhã para os empregados em frente ao edifício Matriz I, no Setor Bancário Sul. Os trabalhadores aproveitaram para tirar suas dúvidas sobre o novo plano de demissão voluntária, o PDV, e demais problemas que assolam o quadro funcional da empresa.

Os diretores do Sindicato prestaram esclarecimentos, com a entrega de material informativo, reforçando a importância da participação de cada empregado na manutenção da Caixa como empresa 100% pública, tendo em vista as recentes ameaças de privatização. Durante as visitas, os empregados também receberam um cartão de parabéns assinado pela diretoria do Sindicato.

Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, a data deve ser celebrada na companhia daqueles que constroem a “grandeza” da Caixa. “Percorremos os prédios administrativos da Caixa, parabenizando quem, de fato, faz essa empresa, que são os empregados e as empregadas. A Caixa pode passar por um processo de sucateamento, caso haja um número grande de demissões sem reposição de trabalhadores, mas nós estamos atentos para proteger o patrimônio do povo brasileiro e o emprego dos bancários da Caixa”, alertou Araújo. Com a saída de mais de 10 mil empregados por meio do novo PDV, o futuro da empresa fica comprometido, colocando em risco, inclusive, a saúde do corpo funcional, sem contar os transtornos que a clientela irá enfrentar com o aumento das filas e a demora para o atendimento.

“Quando a direção da empresa decide unilateralmente fatiar produtos e serviços importantes da Caixa, todos os empregados devem se atentar e atuar de forma a barrar qualquer tentativa de desmonte. Nesta data, o maior presente que a Caixa pode nos dar é se manter pública e a serviço da população”, disse Enilson da Silva, empregado da Caixa e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Sobre o PDV, o diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Adilson Sousa, expressou preocupação sobre a forma com que a informação chega aos empregados e a condução do processo.

“A Caixa passa por um momento de reestruturação complicada, em que ninguém sabe ao certo o que vamos enfrentar. Independente do que vier, não podemos aceitar qualquer tipo de pressão para aderir ao plano. Que todos tenham liberdade para optar ou não pelo PDV e que a Caixa reponha o pessoal, a fim de que garantir tranquilidade aos que permanecerem”, destacou o diretor.

O Sindicato já enviou dois ofícios ao presidente do banco, Gilberto Occhi, para tratar do assunto desde que o tema foi levantado pela imprensa, mas até agora não obteve resposta.


Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília 


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