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23 de Agosto de 2018 às 12:01

Empregados de Brasília se mobilizam em dia de negociação com a Caixa


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Enquanto os representantes dos empregados e empregadas da Caixa participavam de mais uma rodada de negociação com a empresa em São Paulo, os trabalhadores de Brasília se mobilizaram para defender seus direitos. Nesta quarta-feira (22), o ato de conscientização, organizado pelo Sindicato, se concentrou nos prédios administrativos da Caixa.

Com as conquistas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sob ataque, diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) reforçaram a importância da mobilização nesta fase crucial. Os trabalhadores aproveitaram para repudiar a postura da empresa no processo de negociação.

Diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Antonio Abdan lembrou que “somos nós, empregados e empregadas, quem lutamos o ano inteiro para que a Caixa cumpra seu papel social e alcance os resultados. É mais que justo que a participação do empregado na construção do sucesso da Caixa seja revertido em valorização, com no mínimo a manutenção dos direitos já adquiridos”.

Para Maria Gaia, diretora da Fetec-CUT/CN, a mobilização é fundamental para demonstrar ao banco que os empregados não aceitarão perder direitos. “Em mesa, os bancos querem arrancar nossos direitos e implementar a ‘deforma’ trabalhista que eles mesmos financiaram. Não ficaremos parados diante desses ataques à nossa luta, ao nosso acordo coletivo e à nossa dignidade enquanto trabalhadores”, ressalva Gaia.

“Cada trabalhador tem um papel e é fundamental que todos o exerçam neste momento. A experiência dos anos 90 aponta para o convencimento dos colegas, alertando aqueles que ainda não se atentaram para a dimensão dos ataques. O trabalhador só pode contar com o trabalhador. Esse é o lado da resistência”, dispara o empregado da Caixa e diretor da Fetec-CUT/CN, Enilson da Silva.

Secretária de Formação do Sindicato e bancária do BB, Teresa Cristina pontua que a unidade fará a diferença. “A resposta ao descaso das empresas em mesa de negociação é a nossa mobilização. Nosso emprego está em jogo, nossa saúde está em jogo. Mais do que nunca, a união de toda a categoria é fundamental”.

Em defesa do Saúde Caixa

“O Saúde Caixa é fruto de muita luta dos empregados e empregadas. Assim como outros ataques da direção da empresa e do governo, como redução dos processos seletivos internos, trava para novas contratações, a tentativa de desmonte do nosso plano de saúde é mais uma ameaça à manutenção da Caixa 100% pública”, lembra Vanessa Sobreira, diretora do Sindicato e da CUT Brasília.

Secretária de Mulheres do Sindicato, Helenilda Cândido destacou que o Saúde Caixa é o alvo principal dos ataques em mesa de negociação. “É um absurdo que o empregado trabalhe a vida inteira para perder o direito ao plano de saúde quando mais precisa. Estamos em luta não apenas nas negociações com a Caixa, mas também na Câmara Federal, com o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 956/18”, frisa Helenilda.

De autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), o projeto tem como objetivo de sustar resolução nº 23 da CGPAR, que trata do custeio das empresas estatais em relação aos benefícios de assistência à saúde aos empregados. Para apoiar o projeto, clique aqui.

“O momento pede união e mobilização para garantir nossos direitos. Nós, trabalhadores, precisamos assumir o protagonismo, já que temos como instrumentos de luta as entidades sindicais”, advertiu Francinaldo Araújo, diretor da Fetec-CUT/CN.

“No BB, também enfrentamos o ataque à nossa caixa de assistência que, sabidamente, é mais uma estratégia deste governo de entregar as empresas públicas para o capital. Estamos em luta uníssona com os demais colegas de empresas estatais para defender nosso direito à saúde. Não há outra saída que não a vitória”, enfatizou Kleytton Morais, diretor do Sindicato e bancário do BB.

Campanha unificada

Os bancários de bancos públicos e privados somaram forças ao ato nas unidades da Caixa. De acordo com Paulo Vinícius, diretor do Sindicato e bancário do BB, “a batalha é a mesma. Enquanto os banqueiros discutem dinheiro, nós defendemos nossos direitos, nossas famílias e essas empresas públicas, que têm a missão de levar desenvolvimento para o país. A luta é de todos e todas”.

“Diante de tantas tentativas de retirar direitos, é imprescindível que a categoria esteja unida. Muitos colegas sofreram para que os bancários e bancárias tivessem hoje uma Convenção Coletiva de Trabalho. Precisamos honrar a luta desses companheiros e exercer a coletividade”, avalia Jefão Meira, diretor do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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