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12 de Janeiro de 2017 às 06:06

Empregados comemoram 156 anos da Caixa nesta quinta com Dia Nacional de Luta

Foco dos protestos será a retomada das contratações, melhores condições de trabalho e a luta em defesa do banco 100% público. Serão reivindicados ainda o fim dos descomissionamentos arbitrários e do caixa-minuto


Crédito: Reprodução

Brasília - Nesta quinta-feira, dia 12 de janeiro, quando a Caixa Econômica Federal completa 156 anos de história, os empregados do banco realizam um Dia Nacional de Luta por melhores condições de trabalho e em defesa do caráter 100% público da empresa. Os protestos serão realizados ainda pela retomada das contratações e pelo fim dos descomissionamentos arbitrários e do caixa-minto.


A mobilização foi definida pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) na mesa de negociações permanentes com a empresa, em reunião realizada no fim do ano passado. A recomendação é para que sindicatos, federações e associações de pessoal realizem ações de mobilização e que os materiais das entidades representativas cobrem uma nova postura da direção do banco.   

“Precisamos nos mobilizar fortemente para manter nossos direitos, garantir a Caixa 100% pública e reafirmar o papel social que o banco desempenha no país”, destaca o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

O Dia Nacional de Luta acontece no momento em que crescem os rumores de que a empresa vai lançar, neste mês, Planos de Apoio à Aposentadoria (PAA) e de Demissão Voluntária (PDV), com o objetivo de promover os desligamentos de pelo menos 10 mil empregados. Em diversas ocasiões no ano passado, o presidente do banco, Gilberto Occhi, admitiu a intenção de reduzir o quadro de pessoal em 10 mil funcionários, embora nada de oficial tenha sido divulgado até o momento.

“As medidas anunciadas pela atual gestão são contrárias à importância do banco para o país e caminha ainda na contramão da necessidade premente de fortalecer a empresa e assegurar melhorias nas condições de trabalho”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Para ele, “o enxugamento do quadro funcional compromete a atuação da Caixa, e essa não é a empresa que queremos e que a sociedade precisa. Lutamos por um banco 100% público, que respeite seus trabalhadores e que contribua para o desenvolvimento econômico e social do país”.

Negociação

O Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira (12) será realizado dias antes da reunião entre a CEE/Caixa e os negociadores da empresa, prevista para o fim de janeiro, na qual serão apresentados os resultados das discussões dos GTs que trataram dos dois assuntos relacionados à RH 184, a exemplo dos descomissionamentos arbitrários e do caixa-minuto.

Somado a isso, segundo Dionísio Reis, “a continuidade da reestruturação, o fechamento de agências ditas deficitárias pela lógica exclusiva dos mercados, as agências digitais e a rede de operações são partes da estratégia para desmonte do papel social da Caixa, assim como sua venda fatiada e a ameaça ao monopólio na gestão do FGTS”.

Diante de todos esses descasos, o coordenador da CEE/Caixa convoca os empregados de todo o país a responderem com mobilização, fazendo protestos e intensificando a pressão por mais empregados.

Fonte: Fenae


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