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6 de Dezembro de 2018 às 07:45

Em três anos, aumenta em mais de 6 milhões o número de desempregados no país

A taxa de desocupação no Brasil pulou de 6,9% em 2014 para 12,5% em 2017


Crédito: Reprodução

Escrito por: Tatiana Melim - CUT 

Em apenas três anos, período marcado pelo golpe de Estado que jogou o Brasil em um dos mais longos períodos de recessão da economia, a taxa de desemprego no Brasil, que era de 6,9% em 2014, quando os brasileiros viviam o chamado ‘pleno emprego’, saltou para 12,5% em 2017, o que significa 6,2 milhões de pessoas desocupadas a mais no período.

O número de desempregados praticamente dobrou em todas as Regiões do País: no Norte, a taxa passou de 7,5% para 11,9%; no Nordeste, de 8,5% para 14,7%; no Sudeste, de 7,0% para 13,3%; no Sul, de 4,3% para 8,3%; e no Centro-Oeste, de 6,0% para 10,5%.

O nível de desemprego cresceu também em todas as faixas etárias, especialmente entre os mais jovens. Entre as pessoas com 14 a 29 anos de idade, a taxa de desocupação, que era de 13% em 2014, aumentou para 22,6% em 2017. Dos jovens trabalhadores nessa faixa etária, 26,6% eram ocupados e 34,1% correspondiam aos subocupados.

Entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade, a taxa de desocupação, que havia se mantido abaixo de 2% entre 2012 e 2014, ultrapassou pela primeira vez os 4% em 2017.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e têm como base informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua.

Desemprego é maior entre os negros

O desemprego entre os negros, historicamente sempre maior do que entre os brancos, atingiu, em 2017, a maior diferença em toda a série história do IBGE que teve início em 2012. A diferença da taxa de desocupação da população preta ou parda, como classifica oficialmente o IBGE, atingiu 4,76 pontos percentuais – p.p.

Subocupados: mulheres e negros

As mulheres e os negros são a maioria quando o assunto é taxa de pessoas subocupadas, ou seja, aqueles que trabalham menos de 40h semanais, mas gostariam, precisam e estão disponíveis para trabalhar mais.

Em 2017, dos sete milhões de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, as mulheres correspondiam a 53,6% do total. Entre a população ocupada, as mulheres eram 43,4%.

Já entre os negros, a taxa é ainda maior: em 2017, os pretos ou pardos eram 53,2% dos ocupados, mas 65,4% dos subocupados.


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