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17 de Abril de 2019 às 08:13

Em reuniões, Sindicato denuncia ataques ao BB e prepara categoria para a luta


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Os bancos públicos estão na mira das políticas obscenas de Bolsonaro e sua equipe econômica. No Banco do Brasil, a situação não é diferente. Para esclarecer a categoria e dar condições para fazer o enfrentamento aos ataques, o Sindicato dos Bancários de Brasília vem realizando várias reuniões nos locais de trabalho. Na pauta, temas como os riscos da reforma da Previdência, a privatização dos bancos públicos e a sustentabilidade da Cassi.

Nos últimos dias, o diretor do Sindicato Kleytton Morais e o secretário de Imprensa, Rafael Zanon, conversaram com os trabalhadores das agências de Planaltina, da 507 Sul, da Estilo 514 Sul, da 516 Sul e Private.

Nos encontros, outro ponto abordado é a possibilidade de retirar o BB do Novo Mercado, estratégia do governo Bolsonaro para viabilizar a barganha do banco. O Novo Mercado se tornou um padrão de transparência, destinado à negociação de ações de empresas que adotam voluntariamente práticas de governança corporativa adicionais às que são exigidas pela legislação brasileira.

“A saída do Banco do Brasil do Novo Mercado significa redução da transparência e das boas práticas, facilitando o movimento de venda da empresa”, alerta o dirigente Kleytton Morais.

 


Reforma da Previdência

Proposta pelo presidente Jair Bolsonaro, a reforma da Previdência aumenta a idade para se aposentar, eleva o tempo de contribuição e praticamente inviabiliza a aposentadoria dos bancários e de toda a população. A proposta do ultraliberal também adota o modelo de capitalização, que substituiria o atual modelo solidário (contribuição do governo, patrão e trabalhador). Com isso, o trabalhador seria o único responsável pela sua aposentadoria, fazendo uma espécie de “poupança” para isso. 

O modelo, aplicado no Chile pelo governo do ditador Pinochet, levou milhares de idosos ao suicídio, tido como única opção diante da inexistência de condições mínimas para sobreviver.

A reforma da Previdência tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, como Proposta de Emenda à Constituição 006/2019 (PEC).

Privatização

Em evento realizado no Rio de Janeiro em março deste ano, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, não teve freio ao escrachar sua gana em privatizar o Banco do Brasil. Para ele, sem a privatização, o Banco do Brasil fica inviabilizado de competir com os bancos privados. 

Todavia, Novaes ocultou de seu discurso a rentabilidade crescente do BB e os prejuízos que a privatização do banco pode trazer não só aos funcionários, mas a toda sociedade. Isso porque, alertou o Sindicato nas reuniões, o Banco do Brasil é responsável por projetos de desenvolvimento, e poderá perder seu viés de função social ao ser privatizado.  

Cassi

O Sindicato ainda vem discutindo com os funcionários do BB a relação de custeio versus sustentabilidade da Cassi, garantindo a manutenção dos direitos conquistados e o não fechamento do plano de associados. Está em curso a votação do relatório da Cassi, que apresenta o resultado financeiro, as ações de gestão e os principais indicadores da Caixa de Assistência no ano de 2018. A Contraf-CUT indica voto favorável ao relatório. Associados da Cassi têm até 18 de abril para votar.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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