Notícias

home » notícias

21 de Janeiro de 2016 às 04:55

Em reunião com o BB, Contraf-CUT pede suspensão da reestruturação da Visin


Crédito: SEEB/BRASÍLIA

Aconteceu nesta quarta-feira (20), em Brasília, uma nova reunião entre a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, e o Banco do Brasil, para tratar do processo de reestruturação na Vice-Presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações (Visin), que envolve as áreas de logística, operações e da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) e setor dos caixas das agências.

Os representantes dos funcionários apresentaram ao banco o quadro percebido nos locais de trabalho, onde há falta de informação, informações incorretas e dados inconsistentes nos próprios sistemas do banco.

Foi cobrado do BB, mais uma vez, uma planilha com o quadro real dos cortes em cada praça que haverá diminuição de cargos. A Comissão de Empresa argumentou que o compromisso do banco não foi cumprido e que até hoje não há informação real de cada cargo que será extinto ou remanejado de cidade.

Solicitação de suspensão do processo

Os representantes dos funcionários solicitaram ao banco a suspensão do processo de reestruturação na Visin, considerando-se o grande tumulto causado nos locais, a falta de consistência nos sistemas de concorrências e a falta de comunicação formal aos funcionários dos locais envolvidos. Não houve resposta dos representantes da empresa.

Prazo ainda insuficiente

O Banco do Brasil ampliou o prazo de início do VCP - verba de caráter pessoal (garantia de manutenção da remuneração por 4 meses) de 25/01 para 15/02 aos funcionários que não forem remanejados de praça ou que tiveram redução de salários. O prazo para manifestação dos funcionários continua sendo 22/01/2015.

Os representantes dos funcionários consideraram o prazo insuficiente, uma vez que para muitos funcionários a única opção de permanecer com o cargo será o deslocamento de mais de 4 mil quilômetros.

Poucas garantias apresentadas

Dentro das cobranças apresentadas pela Contraf-CUT, de garantias aos funcionários, o BB informou que está agilizando a quebra da trava de concorrência, fará um curso de capacitação para quem for para a rede de agências, vai garantir a migração na lateralidade de 6 ou 8 horas se houver o cargo no novo prefixo e, ainda, a garantia de extra-quadro como escriturário em agência de preferência do funcionário, analisando o número de pedidos de cada local, para se evitar um número grande de extra-quadro na mesma dependência. O BB também se comprometeu a estudar individualmente os casos de solicitação de permuta. Também garantiu ressarcimento imediato da inscrição da prova CPA 10 para os interessados em migrar para a rede de dependências em cargos gerenciais.  

Pressão nos locais de trabalho

Foi denunciado ao banco a pressão, em várias localidades, de alguns gestores para que os funcionários façam opção de migração urgentemente, mesmo antes do prazo estabelecido pelo banco. Muitos gestores estão tentando dar um ritmo próprio e açodado, em alguns casos ameaçando funcionários com rebaixamento de cargo.

Cobrança por mais garantias

A Comissão de Empresa da Contraf-CUT cobrou do BB que seja garantida aos funcionários a mesma remuneração para o funcionário que desejar permanecer na mesma praça, seja na mesma vice presidência ou em outra área. Também foi solicitado a extensão do VCP para 12 meses e adiamento o prazo de início do VCP para além da data insuficiente de 15/02.

Apresentação de planilha e contato com outras áreas

Ficou acordado que o banco entregará semanalmente à Comissão de Empresa uma planilha com o quadro de vagas e movimentações para que seja feito acompanhamento real. Ficou acertado o dia 26/01 para apresentação do quadro geral de movimentações. Ainda será feito contato com outras áreas do BB para desbloqueio de vagas de cargos semelhantes, com o objetivo de melhor realocação dos funcionários que tem suas funções migradas e não podem mudar de cidade.

Na opinião de Rafael Zanon, representante do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, “as pessoas não podem ter prejuízo remuneratório ou pessoal com as reestruturações internas. O Sindicato acompanhará de perto e irá atuar para garantir que nenhum funcionário seja obrigado a mudar de cidade ou tenha prejuízo remuneratório”.

Orientações

O Sindicato dos Bancários de Brasília continuará realizando visitas nos locais envolvidos com o objetivo de buscar informações mais detalhadas das movimentações, para a atuação da entidade na proteção dos funcionários.

Os funcionários devem relatar aos sindicatos os casos de arbitrariedades cometidas para que seja tratado no âmbito administrativo e jurídico, caso necessário.

Da Redação, com informações da Contraf-CUT


Notícias Relacionadas