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20 de Julho de 2018 às 08:57

Em dia de negociação com a Fenaban, Sindicato apresenta Campanha 2018 à população


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Enquanto o Comando Nacional dos Bancários debatia saúde e condições de trabalho da categoria com a federação dos bancos, em São Paulo, na terceira rodada de negociação, a diretoria do Sindicato percorria agências de Ceilândia e Taguatinga para apresentar as pautas da Campanha Nacional 2018. A atividade desta quinta-feira (19) também envolveu a população, já que as reivindicações dos bancários contemplam demandas dos clientes e usuários. 

Em diálogo com a população, os diretores do Sindicato reforçaram a cobrança pela redução dos juros e tarifas, mais contratações e manutenção do emprego. Na edição especial do Bancário Cidadão, distribuída para os clientes e usuários, o Sindicato reforçou que as demissões e fechamentos de agências precarizam o atendimento e os serviços, ao passo que os bancos ampliam a cobrança de juros e tarifas. 

Para bancárias e bancários, os representantes dos trabalhadores abordaram o processo de negociação em curso e convocaram todos a participar e fortalecer a luta em defesa dos direitos conquistados. 


Luta conjunta 

“Estamos aqui para divulgar a Campanha Nacional dos Bancários 2018. É uma campanha que envolve todo cidadão. O Sindicato tem estatística concreta de que os bancos vêm deteriorando os direitos trabalhistas e indiretamente também atacam os cidadãos. Para se ter uma ideia, em 2017, mais de 4.700 empregados da Caixa foram demitidos e isso influencia diretamente na vida de cada um, porque significa menos bancários para fazer um atendimento digno e mais rápido”, ressaltou o diretor da Fetec-CUT/CN Juliano Braga. 

O dirigente sindical acrescentou: “Estamos lutando para reduzir o valor das taxas e tarifas bancárias. Cada cidadão que entra em uma agência paga inclusive o ar que respira, porque tudo é cobrado. Em contrapartida, o serviço prestado pelo banco não é de qualidade, em conformidade com o que pagamos por ano”. 

Perda de direitos 

“Temos data-base em 1º de setembro, o que significa que se até o final de agosto não tivermos um acordo assinado, todos os bancários de Brasília estarão expostos a perda de direitos contratuais de trabalho. Já tivemos duas rodadas de negociação e os bancos se recusam a renovar o acordo de trabalho, o que significa que poderemos entrar em estado de greve”, esclareceu Wandeir Severo, secretário de Finanças do Sindicato. 

Wandeir lembrou das dificuldades enfrentadas pelos clientes e usuários no atendimento, com agências lotadas. “Mas ressaltamos que a culpa não é de quem está atrás do balcão atendendo vocês, mas sim das demissões em massa que vêm acontecendo, sem reposição de trabalhadores. O BRB, por exemplo, há muito tempo não faz concurso, não contrata novos funcionários”. 

O diretor do Sindicato Francinaldo Costa ponderou que, com relação à Caixa, “este ano a campanha específica vai além do reajuste salarial. Um dos pontos chaves é a garantia de nossos direitos. O nosso plano de saúde, que já foi o melhor do país, hoje está sendo sucateado, precarizado. Temos problemas dentro da Caixa com os PSIs (Processos Seletivos Internos), com a carência de empregados, o que afeta diretamente a saúde do trabalhador. Por isso, precisamos nos unir para evitarmos esses prejuízos e garantirmos os nossos direitos”.  

Banco dos sonhos   

“A Caixa não é simplesmente um banco. Qual a família que não teve um parente que não se beneficiou com algum programa da Caixa, seja o Fies, a casa própria”, questionou Elis Regina, diretora da Fetec-CUT/CN, lembrando que “a Caixa é o banco dos sonhos”.  

A diretora complementou: “Enquanto nós formos uma população de níveis tão desiguais, precisamos de um banco como a Caixa, que possa fazer políticas públicas para atender essa grande maioria de brasileiros. Por isso, precisamos lutar juntos por uma Caixa 100% pública”.   

Raíssa Fraga, diretora do Sindicato, reforçou que “a partir do momento da implementação da reforma trabalhista, os nossos direitos foram prejudicados, inclusive a nossa campanha salarial. Estamos correndo risco de perder vários benefícios. Estamos aqui para unir força e garantir melhores condições de trabalho para os bancários e melhor atendimento para a população”. 

“Hoje o Sindicato está nas ruas para alertar os bancários e a população que estamos em plena negociação com os banqueiros. Nossos direitos estão ameaçados, plano de saúde, tíquete e cesta alimentação, direito de paternidade, entre outros”, enfatizou o diretor da Fetec-CUT/CN Washington Henrique, bancário do Itaú. Ele avisou que “no dia 21 teremos uma reunião, fora da campanha salarial, para discutir com o banco algumas questões, como a QVP, que está acabando com a saúde dos bancários”. 

Acompanhe as atividades 

O Sindicato continuará realizando atividades de mobilização na Campanha Nacional dos Bancários 2018. Acompanhe o portal do Sindicato e as redes sociais da entidade para se atualizar sobre o processo de negociações gerais com a Fenaban e específicas por bancos. 


Joanna Alves e Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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