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13 de Dezembro de 2017 às 06:00

Em defesa da Previdência, trabalhadores vão à luta dia 13

Em diversas cidades do país, estão programados atos e ações nas bases eleitorais dos parlamentares nesta quarta-feira


Crédito: Roberto Parizotti/CUT

Escrito por: Marize Muniz - CUT 

Nesta quarta-feira (13), trabalhadores e trabalhadoras, sindicalistas e militantes da CUT farão várias ações contra a aprovação da nova proposta de reforma da Previdência que está tramitando na Câmara dos Deputados e pode entrar na pauta de votação na semana que vem.

As atividades fazem parte da Jornada de Lutas das centrais sindicais que, reunidas na última sexta-feira (8), deflagraram estado de greve e definiram uma série de ações nos estados e nas bases eleitorais dos deputados, como abordagem aos parlamentares nos aeroportos, idas aos gabinetes dos deputados e deputadas, denúncias em suas bases eleitorais, assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras, panfletagens à população.

Entre as mudanças de regras que o golpista e ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) propôs para concessão da aposentadoria estão: 1) idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres; 2) no mínimo, 15 anos de contribuição; e, 3) um novo cálculo que vai reduzir os valores dos benefícios.

Se a reforma for aprovada, quem conseguir atingir a idade mínima e contribuir por 15 anos receberá 60% do valor do salário benefício, que será feita com base na soma de todos os salários recebidos pelo trabalhador.

Hoje, para se aposentar por idade, as mulheres têm de ter 60 anos de idade e 15 de contribuição, e os homens, 65 anos de idade e 15 de contribuição. O benefício é de 100% do valor do salário benefício, que é a soma das 80% maiores contribuições feitas do primeiro ao último emprego.

A CUT e seus sindicatos estão em estado de alerta e têm programado uma série de ações e atos para mobilizar a população e pressionar os deputados indecisos a serem contra a reforma. Também sinalizam uma greve nacional se a medida entrar em votação.

Confira as cidades onde terão atos:

Em São Paulo, o ato contra a reforma da Previdência será em frente à sede do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O ato, organizado pela CUT-SP, terá concentração às 11h, no Viaduto Santa Ifigênia, 266, em São Paulo. Em seguida, haverá uma caminhada pelas ruas do centro. Na região do ABC, em São Bernardo, os trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen farão um protesto na rodovia Anchieta, a partir das 6h30.  

Em Santa Catarina, a CUT programou várias ações, entre elas, às 7h30, vão montar uma barraca no calçadão da Felipe Schmidt, em frente à agência do INSS, em Florianópolis; às 14h tem panfletagem na Praça Nereu Ramos, em Criciúma; e vigília em frente à agência do INSS em Chapecó.            

Na Paraíba, a CUT vai rodar as ruas de João Pessoa com um carro de som que alertará a população contra a crueldade da reforma da Previdência. Militantes, com banner e fotos dos deputados, reforçarão a mensagem de que quem votar a favor da reforma é traidor da classe trabalhadora e não volta em 2018.

No Rio Grande do Sul, estão programadas panfletagens em todos os municípios onde tem base de deputado que já declarou que vai votar a favor da reforma.

Na Bahia, tem audiência pública na Assembleia Legislativa e ato de apoio à greve de fome dos camponeses e camponesas do MPA em frente à ALBA.

Em Goiás, haverá vigília de apoio à greve de fome em frente à Assembleia Legislativa.

No Maranhão, haverá panfletagem com fotos dos deputados que vão votar a favor de Temer e contra o povo.

Em Pernambuco, serão realizadas várias audiências públicas em Câmaras Municipais de vários municípios.

No Rio de Janeiro, haverá panfletagem e microfone aberto, na Central, das 14h às 16h.

No Paraná, os manifestantes irão ao aeroporto recepcionar os deputados e, a partir de quinta-feira (14), irão nas casas e nas bases eleitorais dos deputados que vão votar a favor da reforma.

No Piauí, haverá ação no aeroporto e panfletagem contra a reforma no centro da capital.


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