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9 de Julho de 2019 às 07:43

“É preciso unidade e diálogo para avançar na luta”, orienta Congresso Distrital da categoria bancária


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - “É preciso fortalecer a unidade e o diálogo com as bases e com a sociedade para enfrentar os ataques do governo na atual conjuntura”. Esta foi a recomendação unânime dos palestrantes do primeiro painel do Congresso Distrital da categoria bancária, realizado nesta sexta-feira (5), no Sindicato, para debater o plano de lutas para o próximo período.

Reforma da Previdência, defesa dos bancos públicos, fortalecimento do macrossetor, novas tecnologias e terceirização foram temas do primeiro dia do encontro, abordados por Ricardo Berzoini, ex-ministro da Previdência Social; a deputada federal Erika Kokay (PT-DF); Jacques Novion, historiador e professor da UnB; e Carla Caldas, especialista em Direitos Humanos.

“Este é um importante passo no processo de organização das respostas que precisamos ter neste cenário extremamente delicado e hostil. Mas certamente os trabalhadores terão maturidade suficiente para construir uma unidade para avançar e conseguir a vitória”, destacou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, na abertura do Congresso.

O dirigente sindical ressaltou que está iniciando a gestão à frente do Sindicato com muita disposição e empenhado em realizar um bom trabalho em prol da categoria bancária. “A luta da entidade sindical é coletiva e, juntos, nas reflexões feitas durante este congresso, vamos encontrar respostas que nos conduzam a uma comunidade mais justa e fraterna”, enfatizou.

Mesa de abertura do Congresso Distrital dos Bancários, na noite desta sexta (5)

Momento de ataques e repressão

Ricardo Berzoini endossou a necessidade de os movimentos sindical e sociais terem “unidade, coesão para tentar compreender a conjuntura mundial e estabelecer uma forma de ação para recuperar a nossa atuação”. Segundo ele, o momento é de construção política para estabelecer uma nova dinâmica que viabilize os avanços sociais.

“É importante conversar com todos os trabalhadores para que eles possam entender o processo de destruição na atual conjuntura, tanto para eles como os seus filhos e o país”, orientou Berzoini.

Erika Kokay falou do modelo em curso no país, que exclui os pobres e aumenta a desigualdade social. Recriminou “o leque de ataques ao patrimônio público do país” (Petrobras, Correio, BB e Caixa, entre outros) e fez severas críticas às atuações dos presidentes do BB e da Caixa.

“Estamos vivenciando um momento extremamente duro, de repressão e autoritarismo nunca vistos antes, com ataques aos movimentos sociais, à educação e à cultura. Daí a necessidade de dialogar com a sociedade e nos organizarmos para enfrentar essas afrontas”, reiterou a deputada federal.

Carla Caldas também pontuou que “os ataques vêm de todos os lados para enfraquecer o movimento sindical e acabar com o patrimônio público”. Ela observou que, na atual situação de ausência de democracia, a solução não está nas ações judiciais, mas sim no diálogo com as bases e na mobilização, ou seja, nas ruas.

“A atual conjuntura é de judicialização da vida e de desestabilização”, endossou o professor Jacques Novion, que reafirmou a necessidade de unidade. E concluiu, lembrando da importância “de pensarmos nossa realidade como nação e de nos fazermos três perguntas: Quem queremos ser; que tipo de país queremos ter; e qual a imagem de país queremos mostrar ao mundo?”

Confraternização

Ao final do primeiro painel, os bancários puderam participar de um momento de confraternização no foyer do Teatro, na sede do Sindicato, onde será realizado todo o Congresso, dentro de uma política de organização comprometida com a racionalização de recursos da entidade.

O Congresso termina neste sábado (6), com a definição do plano de lutas dos bancários de Brasília para os encontros nacionais da categoria marcados para agosto. 

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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