“Repudiamos veemente o uso da Caixa por quem quer que seja para chantagear e ‘comprar’ apoio político. Ainda mais em se tratando de uma reforma que será nociva para todos os brasileiros. O banco 100% público e os recursos públicos devem estar a serviço dos brasileiros, e não de um determinado segmento. Os colegas da Caixa e a sociedade em geral não admitem esse absurdo”, afirmou o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Segundo relatos da imprensa, alguns governadores saíram do Palácio do Planalto assustados com o tom de cobrança de Marun. Os do Nordeste, inclusive, divulgaram uma carta pública direcionada ao presidente Michel Temer reprovando a chantagem. “Não hesitaremos em promover a responsabilidade política e jurídica dos agentes públicos envolvidos, caso a ameaça se confirme. Vivemos em uma Federação, cláusula pétrea da Constituição, não se admitindo atos arbitrários para extrair alinhamentos políticos, algo possível somente na vigência de ditaduras cruéis”, frisaram no documento.
“O ano de 2017 ficou marcado pela defesa da Caixa 100% pública e com forte papel social, essencial em áreas como habitação, saneamento, programas sociais, gestão do FGTS, esporte e cultura, entre outras. Graças à campanha “Defenda a Caixa você também” e à mobilização dos trabalhadores e da sociedade, barramos a tentativa de tornar o banco uma Sociedade Anônima. Mas, como temos frisado, essa luta precisa e vai continuar”, garantiu Jair Ferreira.
Rita Serrano também se manifestou
A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, também se manifestou contra as declarações de Carlos Marun. Ela, que também é da Diretoria da Fenae, já solicitou que a direção do banco e a presidenta do CA refutem as especulações e tomem medidas para preservar a imagem do banco e a lisura das operações. “Defendemos a Caixa pública, focada no desenvolvimento do país, portanto voltada para interesses coletivos, da nação, e não servindo a interesses fisiológicos de determinados segmentos”, afirmou.
Fonte: FENAE