Os diretores da Previ prosseguem a maratona Brasil afora para prestar contas, apresentar os resultados do Plano 1 e do Previ Futuro e discutir com os associados as preocupantes iniciativas do governo federal, do Congresso Nacional e dos órgãos responsáveis pela regulação das entidades de previdência complementar, que hoje ameaçam o futuro da Previ.
Com esses encontros, estamos cumprindo nosso compromisso de ampliar a transparência da gestão da Previ e nos aproximar cada vez mais dos associados.
Nos dias 12 e 13 de junho estivemos em Maceió (foto) atendendo convite das entidades dos funcionários da ativa e dos aposentados. O debate também envolveu os problemas semelhantes enfrentados pela Cassi e teve a participação do ex-presidente da Caixa de Assistência, Carlos Neri.
“Trata-se de um debate bastante proveitoso, em que os participantes da Cassi e Previ podem se informar sobre as consequências advindas da política de desmonte implantada no BB, que afeta o plano de saúde e o fundo de pensão”, disse Nilson Roberto, diretor do Sindicato dos Bancários de Alagoas e aposentado do banco.
No mesmo período o diretor eleito de Administração, Márcio de Sousa, e a diretora eleita de Planejamento, Paula Goto, estiveram em Balneário Camboriú para um encontro com os aposentados de toda a região Sul (fotos abaixo).
Os associados estão preocupados com a tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei (PLP 268/16), que pode reduzir a participação dos trabalhadores na gestão dos fundos de pensão e entregá-la ao mercado financeiro. Já aprovado no Senado e tramita em caráter de urgência na Câmara dos Deputados.
O projeto acaba com a gestão compartilhada da Previ. Hoje os conselhos deliberativo e fiscal da Caixa de Previdência são paritários, com metade dos conselheiros indicados pelo Banco do Brasil e a outra metade eleita pelos associados.
O PLP 268/16 aprovado no Senado proíbe a eleição de diretores e determina que a diretoria será formada por pessoas selecionadas no mercado, o que já levou a prejuízos bilionários em outros fundos de pensão.
Na Câmara, o relator do projeto, deputado Jorginho Mello (PR-SC), apresentou texto substitutivo que retira uma série de pontos prejudiciais do PLP original, preservando a representação dos trabalhadores nos fundos de pensão.
Qualquer um dos dois projetos (o original e o substitutivo) pode ser votado na Câmara, com resultados opostos a depender de qual for aprovado.
Os dirigentes eleitos da Previ trabalham em conjunto com as entidades representativas do funcionalismo e com a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar) para tentar impedir a aprovação do PLP 268/16 original na Câmara.
A Anapar apresentou em audiência pública no dia 27 de julho na Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, em Brasília, 13 propostas para melhorar a legislação e a gestão das entidades de previdência complementar, que contribuem com a discussão no Congresso Nacional.
Mas temos claro que a forma mais eficiente de barrar a aprovação da PLP é a mobilização dos associados de fundo de pensão e a pressão sobre os parlamentares, sobretudo nesse período que precede as eleições de outubro, quando praticamente todos os deputados vão tentar a reeleição.