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10 de Agosto de 2018 às 18:28

Dia do Basta: Categoria bancária, em Campanha Salarial, presente na mobilização nacional


Belém PA - Nesta sexta-feira (10), os bancários e bancárias do Pará estiveram presentes no “Dia do Basta”, convocado pela CUT e demais centrais sindicais, com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A concentração do ato foi às 7h, em frente à matriz do Banco da Amazônia, que abrirá hoje oficialmente as mesas de negociação específica.

Além de informativos que foram distribuídos para os bancários, clientes e usuários, parte da ala da escola de samba Paraíso do Tuiuti (Grupo Especial – RJ), ou melhor, a inspiração nela fez parte da manifestação. “Manifestoches” dos patos da Fiesp e de uma carteira de trabalho suja representavam aqueles que se deixam manipular pela mídia, empresários e capital e ainda difundem os discursos, como por exemplo, de que a ‘reforma’ trabalhista é vantajosa para a classe trabalhadora e vai gerar mais empregos.

“A palavra reforma traz ideia de mudança em algo para melhor, e não é isso que estamos vendo desde novembro do ano passado pra cá. Os banqueiros estão pautando as mesas de negociação nessa ‘reforma’ trabalhista e ao invés de trazerem avanços, querem nos empurrar retrocessos que não iremos permitir. Estamos em plena Campanha Nacional da categoria bancária e viemos mostrar nossa resistência. Não aos corruptos, contra as ‘reformas’ da Previdência e Trabalhista e basta de desemprego”, afirma a vice-presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

“O Dia do Basta foi chamado para a sociedade demonstrar sua indignação contra as medidas desse governo que retiram direitos da juventude e da classe trabalhadora. A categoria bancária soma-se a esse movimento denunciando a intenção já demonstrada pelo governo, de enfraquecer e privatizar as empresas públicas. Nesse sentido, defendemos os bancos públicos e a saúde dos trabalhadores. Levamos a bandeira da nossa campanha: Todos por empregos, todos em defesa dos bancos públicos, todos pela saúde! Todos por tudo!”, explica a diretora do Sindicato e bancária do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.

“Esse nosso ato, em pleno Dia do Basta, aqui em frente ao Banco da Amazônia é muito simbólico para a nossa categoria, pois hoje o Banco da Amazônia inicia conosco o processo de negociações específicas em torno da nossa minuta de reivindicações da Campanha Nacional 2018 e, por isso, viemos pedir um basta ao modelo de tratativas que o banco vem tendo conosco ao longo dos últimos anos. Queremos uma mesa objetiva, propositiva, com propostas concretas de avanços para as diversas reivindicações que fazemos em torno de remuneração, emprego, saúde, segurança, PCCR, PLR, dentre outros assuntos”, afirma o secretário geral do Sindicato e diretor da Fetec-CN, Sérgio Trindade.

Aula pública

Do outro lado da Av. Presidente Vargas, estudantes da rede pública de ensino participavam de um aulão, com professores do ensino médio e de universidades públicas, ao ar livre na Praça da República sobre outra ‘reforma’ que atinge a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), a proposta de reformulação da BNCC é o retrocesso da educação pública brasileira, pois se trata de um claro ataque à carreira docente, reduzindo drasticamente a carga horária em sala de aula e acentuando o processo de privatização da escola pública no país.

Ainda segundo o Sintepp, a real intenção é reduzir o tempo de interação entre professores e alunos, e na prática eliminar disciplinas do currículo, como Sociologia e Filosofia, que são responsáveis por boa parte da função política, pedagógica e social e de levar a educação de forma democrática.

 

Fonte: Bancários PA


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