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14 de Dezembro de 2017 às 07:40

Dia de greve de fome contra a ‘reforma’ da previdência no Pará


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Nessa quarta-feira (13) a CUT e a Frente Brasil Popular organizaram um Dia Nacional de Luta e Greve de Fome contra a ‘reforma’ da previdência e em defesa da aposentadoria. Sindicalistas, ativistas sociais e lideranças religiosas concentraram-se em frente à sede do INSS, em Belém, para realizar um ato público e dialogar com a população sobre a importância dessa luta para a classe trabalhadora e sobre o significado da greve de fome em defesa da aposentadoria. O Sindicato dos Bancários do Pará se fez presente e fortaleceu a manifestação que integra a Jornada de Lutas contra a ‘reforma’ da previdência.

Solidariedade

A presidenta da CUT Pará, Euci Ana Gonçalves, foi uma das pessoas que aderiu ao jejum nacional em solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras rurais que realizam greve de fome há 9 dias em Brasília, no Congresso Nacional.

“É melhor ficar um dia sem comer do que ficar o resto da vida sem o direito à aposentadoria. Para nós da CUT, trabalhadoras e trabalhadores rurais e da cidade, para as mulheres, é muito importante esse ato de solidariedade, de sacrifício e de resistência contra essa reforma que aumenta os privilégios dos mais ricos e retira direitos dos mais pobres”, afirmou a sindicalista.

Solidariedade aos companheiros em Brasília

A professora Adima Monteiro, uma das lideranças da Frente Brasil Popular no Pará, também aderiu à greve de fome contra a ‘reforma’ da previdência. Para ela, o governo golpista do PMDB e do PSDB ataca de maneira feroz todos os direitos da classe trabalhadora e a reforma da previdência é uma das medidas do pacote de maldades do golpe para desmontar a constituição brasileira e os direitos sociais, sobretudo na assistência e seguridade social.

“Serão cerca de 90 milhões de pessoas que ficarão desassistidas pela Previdência, caso essa reforma seja aprovada. Essa greve nacional de fome é para dizer ao país que alguns estão com fome por alguns dias, para que muitos não passem fome por uma vida inteira. Essa é uma forma de protestar, de denunciar, de chamar atenção e de buscar sensibilizar as autoridades para que não cometam esse crime contra o povo brasileiro de nos empurrar para um abismo de miséria e fome, que é para onde estão nos levando com todas essas reformas”, destaca a educadora.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, enfatizou a importância de intensificar a mobilização em todos os locais de trabalho e praças públicas contra essa ‘reforma’ que pretende atender aos interesses dos grandes empresários, manter e ampliar os privilégios dos mais ricos e precarizar ainda mais as condições de vida da classe trabalhadora brasileira.

“Quem tem interesse em acabar com a previdência pública são os bancos, que querem lucrar ainda mais com os planos de previdência privada. Quem quer acabar com a aposentadoria são aqueles 150 empresários da Confederação Nacional das Indústrias que foram ontem à Brasília declarar apoio ao golpista Michel Temer e ajudar a comprar votos de parlamentares a favor da reforma através de lobby no Congresso. Por isso, a classe trabalhadora brasileira, a categoria bancária, deve estar unida e fortalecer a resistência em defesa da aposentadoria e da previdência pública. Estamos em estado de greve e, se a proposta de reforma for para votação, nós vamos parar o país em mais uma grande greve geral”, ressaltou Gilmar Santos.

 

Fonte: Bancários PA


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