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4 de Agosto de 2017 às 16:45

Deputada Erika Kokay critica fim do concurso público e terceirizações na Caixa Econômica Federal

No rastro da reforma trabalhista, Caixa pretende contratar trabalhadores por meio de empresas especializadas na prestação de serviços temporários para realizar as tarefas de técnico bancário


A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), funcionária da Caixa por 35 anos, criticou duramente, nesta sexta-feira (4/8), normativa do banco sobre trabalho temporário. A Caixa sinaliza que não realizará mais concursos públicos para a contratação de seus funcionários e funcionárias, nem mesmo para repor aqueles e aquelas que se desligaram nos planos de aposentadoria. A normativa é efeito da reforma trabalhista e da terceirização irrestrita no serivço público, medidas aprovadas e sancionadas pelo presidente ilegítimo Michel Temer. 

De acordo com a norma, os trabalhadores serão contratados por meio de empresas especializadas na prestação de serviços temporários para realizar as tarefas de técnico bancário e não terão nenhum vínculo empregatício com a Caixa.

A norma não estipula a quantidade de temporários que serão contratados, apenas define que o número de contratações dependerá da disponibilidade orçamentária e dos resultados esperados pelo gestor demandante, com base no que for determinado pela Gerência Nacional do Quadro de Pessoas e Remuneração (Geper).

“Estão destruindo os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da Caixa, que são o maior patrimônio desta empresa. Uma empresa que é um instrumento estratégico imprescindível para construir um Brasil mais justo e soberano”, disse a parlamentar.

“Não podemos admitir que a Caixa terceirize suas atividades fim, contratando trabalhadores precarizados, com salários menores e piores condições de trabalho. Não podemos permitir que não haja mais o concurso público”, criticou.

A deputada adiantou que vai realizar uma audiência pública na Câmara Federal para que o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, possa dar explicações sobre os motivos de terceirizar as atividades fim do banco.

“Nós vamos resistir! Não toquem na Caixa, um banco que é patrimônio do povo brasileiro. Não desrespeitem seus trabalhadores e trabalhadoras”, finalizou Kokay.


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