Brasília - A Caixa Econômica registrou lucro R$ 12,5 bilhões em 2017, o maior da história da instituição. O desempenho representa um crescimento de 202,6% com relação a 2016. O resultado recorrente também foi o maior de sua série histórica: R$ 8,6 bilhões, alta de 72,3% em doze meses.

Com a divulgação do balanço, o banco anunciou que a segunda parcela da PLR e a PLR Social, conquistas dos sindicatos e dos empregados, serão creditadas nesta terça-feira 27.

Corte no custeio do Saúde Caixa

Segundo o relatório do banco, o resultado recorrente se deve-se, principalmente, ao limite de 6,5% da folha de pagamento da empresa como teto para gastos com o Saúde Caixa. Esse limite gerou a reversão da provisão atuarial constituída, com efeito não recorrente de R$ 4,0 bilhões no lucro líquido. A carteira de crédito atingiu, aproximadamente, R$ 706,3 bilhões, com queda de 0,4% em doze meses.

“O lucro recorde da Caixa representa o trabalho e a dedicação de cada um dos empregados. Mas não podemos esquecer que ele também representa os valores que foram tirados do provisionamento para o custeio da saúde do trabalhador e principalmente a necessidade de contratação de mais empregados, para que a empresa continue crescendo e conquistando resultados recordes sem sacrificar a qualidade de vida do empregado, que se encontra sobrecarregado com tantos desligamentos sem reposição”, avalia a diretora do Sindicato e empregada da Caixa Rafaella Gomes.

A carteira comercial pessoa física (PF) teve queda de 8,6% em relação a 2016, atingindo, aproximadamente, R$ 93,7 bilhões. A carteira comercial pessoa jurídica (PJ) apresentou queda maior (-23,1%), somando R$ 68,1 bilhões. A carteira para habitação cresceu 6,3%, num total de R$ 431,7 bilhões. E a carteira de infraestrutura cresceu 5,2%, totalizando R$ 82,7 bilhões. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 60 dias foi de 2,25%, com redução de 0,63 p.p., ficando abaixo da média do Sistema Financeiro (3,2%).

Receitas com tarifas crescem, mas número de empregados cai

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 11,5%, totalizando R$ 25,0 bilhões. Já as despesas de pessoal, considerando-se a PLR, apresentaram alta de 7,4%, atingindo R$ 23,9 bilhões. Com isso a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 104,9%, em 2017.

O banco encerrou o ano com 87.654 empregados e fechamento de 7.324 postos de trabalho em relação a dezembro de 2016. O saldo se deve à adesão de 7.023 empregados ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário. Foram fechadas 18 agências, 55 lotéricos e 1.737 correspondentes Caixa Aqui.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação