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10 de Abril de 2018 às 06:51

Conselho de Economia alerta para estado de exceção no Brasil


Crédito: Reprodução
Jornal GGN 

O Conselho Federal de Economia, que reúne parte do empresariado, setor econômico, Judiciário e Forças Armadas, publicou nota oficial na última semana alertando para "a grave situação de estado de exceção no Brasil".
 
"Os últimos lances do desastre foram as manobras levadas a cabo pelo Poder Judiciário, em apoio ao golpe, tal como fizeram quando da deposição do então Presidente da República João Goulart e ao entregar Olga Benário à sanha assassina dos nazistas de Hitler", divulgou.
 
"O quadro em curso visa atender além de seus próprios interesses, aos de alguns países estrangeiros que almejam tomar conta das riquezas nacionais, a exemplo do pré-sal, da Embraer, da Eletrobras e, consequentemente, da parte da matriz energética derivada das hidrelétricas, dos rios, da base de Alcântara, da Amazônia, do Aquífero Guarani e de muitas outras", completou.
 
O comunicado pede que "os brasileiros e brasileiras se insurjam contra os setores cujos interesses são eliminar os parcos benefícios sociais conquistados e entregar as riquezas capazes de garantir o desenvolvimento do Brasil".
 
Leia a nota na íntegra:
 
Do Conselho Federal de Economia
 
 

O Conselho Federal de Economia vem se pronunciar sobre a grave situação de estado de exceção no Brasil, com apoio de setores como financeiro, rentistas, parte do empresariado, do judiciário e das forças armadas. O quadro em curso visa atender além de seus próprios interesses, aos de alguns países estrangeiros que almejam tomar conta das riquezas nacionais, a exemplo do pré-sal, da Embraer, da Eletrobras e, consequentemente, da parte da matriz energética derivada das hidrelétricas, dos rios, da base de Alcântara, da Amazônia, do Aquífero Guarani e de muitas outras.

Os últimos lances do desastre foram as manobras levadas a cabo pelo Poder Judiciário, em apoio ao golpe, tal como fizeram quando da deposição do então Presidente da República João Goulart e ao entregar Olga Benário à sanha assassina dos nazistas de Hitler. Esta última, uma cidadã como qualquer um de nós. Certamente estas ações não foram dignas da missão institucional de defesa da democracia e da Constituição brasileiras.

Na véspera, vivandeiras das casernas se pronunciaram em redes sociais da internet, ameaçando enterrar de vez as nossas já combalidas instituições democráticas. Ainda bem que o Comandante da Aeronáutica veio a publico com discurso mais democrático e amparado em artigos da Constituição Brasileira que regulam o papel das Forças Armadas.

É importante sublinhar que o pano de fundo dessas diatribes é composto pelo congelamento dos investimentos públicos em educação, saúde e infraestrutura, dentre outros, por vinte anos; o aviltamento do valor do salário mínimo; a reforma trabalhista; e os assassinatos da Vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, condutor do veículo em que ela estava, ambos do Rio de Janeiro, e de milhares de jovens negros e negras, brancos e brancas, todos pobres, jogados nesta condição pelos autores do golpe acima nominados.

Diante deste cenário, urge que os brasileiros e brasileiras se insurjam contra os setores cujos interesses são eliminar os parcos benefícios sociais conquistados e entregar as riquezas capazes de garantir o desenvolvimento do Brasil e promover bem-estar para seu povo, ainda que para isto seja necessário lançar o País, irresponsavelmente, em uma divisão temperada pelos ódios, a qual sabemos como começa, mas não como terminará.

 


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