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23 de Julho de 2019 às 08:20

Conecef define estratégias de luta e reivindicações dos empregados da Caixa

Ao celebrar 35 anos, o Congresso acontece nos dias 1 e 2 de agosto em cenário de retirada de direitos e ataques contra o banco 100% público


O Congresso dos Empregados da Caixa Econômica Federal, o Conecef, chega em 2019 a 35ª edição, consolidado como espaço democrático de debates que geraram várias conquistas aos trabalhadores do banco nas últimas décadas.  Principal instância de deliberação da categoria, no encontro são definidas as estratégias de luta e as reivindicações específicas da categoria. Unidade e resistência sempre foram a marca desse fórum que, neste ano, tem como slogan “Todos contra o retrocesso”.

Na Caixa, a luta como movimento organizado culminou com o primeiro Conecef, realizado em Brasília, em 1985. Esse momento histórico atuou como divisor de águas.  Nele, foi aprovada a primeira greve nacional de 24 horas ocorrida em 30 de outubro do mesmo ano. Tornou-se um marco para a conquista da jornada de seis horas e pelo direito à sindicalização de todos os empregados.

 “O Conecef é importante para organização dos trabalhadores do banco, uma vez que discute as questões específicas do dia a dia dos empregados, construindo a partir daí a pauta de reivindicações que será tratada na mesa permanente com a empresa. Muito já foi conquistado, mas ainda temos muito a fazer, principalmente em relação às condições de trabalho e a defesa da Caixa como banco público”, afirma o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica (Fenae), Jair Pedro Ferreira. 

Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com assessoria da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que é formada por representantes de sindicatos e federações,  o Conecef conta com apoio da Fenae, como fruto da parceria do movimento associativo com o movimento sindical, visando o fortalecimento da luta dos empregados da Caixa na defesa dos seus direitos e do fortalecimento da empresa, como instrumento fundamental para o desenvolvimento social e econômico do Brasil.

Desde a criação do Conecef, a representatividade dos empregados da Caixa se fortaleceu. Passeatas, atos, manifestações e greves passaram a fazer parte do cotidiano de agências e unidades da empresa, para assegurar conquistas e resistir aos ataques sofridos pelo banco.

“Como movimento nacional dos empregados que anuncia novas possibilidades e caminhos, o Conecef é um símbolo de vital importância para o conjunto do movimento dos trabalhadores no Brasil. Acreditamos que o futuro da Caixa possa ser construído com participação. Queremos uma Caixa onde todos os segmentos de trabalhadores caibam, onde cada empregado possa ser valorizado”, enfatiza o secretário de Finanças da Contraf-CUT e vice-presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.

No Congresso, é aprovada uma série de resoluções que norteiam as negociações com o banco sobre temas como saúde do trabalhador e condições de trabalho, Funcef, terceirização, Saúde Caixa, defesa da Caixa, dentre outros. Participam do evento, delegados eleitos em congressos estaduais para representar os milhares de trabalhadores da empresa, além de observadores e convidados.

Em mais de três décadas de mobilização,  muitas conquistas foram alcançadas como a jornada de seis horas, o direito à sindicalização, a revogação da RH 008 que demitia sem justa causa, a recomposição do poder de compra dos salários, a defesa da Caixa como banco público, a reintegração de empregados demitidos durante o governo Collor de Mello, retomada das negociações para garantir direitos e conquistas a partir de 2003, a democratização da gestão e a implantação do Novo Plano de benefícios na Funcef, instituição da PLR Social, entre outras.

“Hoje vivemos um momento em que é necessário fortalecer a unidade para defender o que conquistamos nos últimos anos, impedir que a Caixa perca sua importância como indutora de políticas públicas para o País e avançar em novas conquistas. O Conecef tornou-se um espaço essencial para o diálogo e articulação dos trabalhadores do banco”, finaliza o coordenador da CEE/Caixa e diretor da Região Sudeste da Fenae, Dionísio Reis.

Fonte: Fenae


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