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11 de Junho de 2019 às 15:26

Como vazamento ilegal de dados atormenta a vida dos cidadãos


Crédito: Reprodução

 São Paulo – Dezenas de telefonemas semanais em todos os números de telefone – fixo, celulares, até no sítio da família, em Extrema, no interior de São Paulo. As chamadas chegam desde muito cedo, até tarde da noite. O bancário Francisleno Silva, aposentou-se em 2012, mas continuou trabalhando até 2014. No meio do ano passado, como tantos outros milhares de brasileiros, viu o vazamento de dados pessoais “caírem no mundo”. E o sossego acabou.

“Recebia no mínimo uma ligação por dia, de julho até o final do ano, todos os dias, em todos os telefones, até de sábado à noite. Tenho telefones bloqueados do Japão, dos Estados Unidos, de vários estados e cidades do país”, conta o ex-funcionário do Banco do Brasil.

Como trabalhava na área de atendimento do BB, Francisleno sabe como funciona esse tsunami de chamadas. E por que, ao atender, do outro lado da linha muitas vezes não tem ninguém. “Hoje em dia não é mais como antigamente, que o atendente discava o número. O próprio sistema liga para as pessoas. Você recebe um banco de dados pré-aprovado e esse sistema vai ligando (para vários números ao mesmo tempo).” Conforme um potencial cliente atende, o atendente vai falando com ele e as demais ligações caem.

Mas, afinal, que “banco de dados” é esse, de onde vem?

De acordo com a economista Ione Amorim, coordenadora de cursos e oficinas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), bases de dados sem filtro nem questionamento são compradas facilmente, na região da Santa Ifigênia, por exemplo, no centro de São Paulo. “As empresas comercializam isso livremente. Não nasceu hoje essa prática, é antiga e reincidente. E quando a gente questiona sobre os vazamentos, dizem ‘admitimos que há problemas internos’ e fazem exoneração de funcionários. Mas, uma vez que a informação está sob gestão do poder público (como é o caso dos aposentados pelo INSS), tem de zelar e trabalhar a questão da segurança para que isso não aconteça.”

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