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7 de Junho de 2017 às 14:46

Comando Nacional debate estratégia para Campanha Nacional no Encontro dos Bancos Privados


Jaílton Garcia
Jaílton Garcia

Os coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten e Juvandia Moreira, utilizaram a segunda mesa do Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, na manhã desta quarta-feira (7), para encaminhar as estratégias da Campanha Nacional 2017. “O emprego bancário está sendo diretamente atingido por dois pontos: pelas reestruturações implementadas com os avanços tecnológicos e pelas reformas golpistas, como a trabalhista. Por isso, a defesa do emprego é nossa prioridade”, revelou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Ele lembrou as dificuldades enfrentadas nas duas últimas campanhas e os avanços conquistados. “Em 2015, nós tivemos a reposição da inflação, mais aumento real pequeno. Naquele ano, a prioridade definida pelo Comando já foi o emprego. Em 2016, nós vivemos o golpe e com ele ainda mais dificuldade nas negociações com os banqueiros. A nossa análise foi de um futuro muito complicado, por isso buscamos o acordo de dois anos, com a garantia de aumento real em 2017, além do abono de 31 dias de greve.”

Para este ano, disse Roberto, o Comando Nacional dos Bancários pensou uma Campanha Nacional com uma pauta de reivindicações que combata demissões, terceirização e reestruturação. “Nada impede que a gente faça um debate e criemos esse tipo de proposta para entregar à Fenaban. Além do mais, temos de usar o período da campanha para ir às ruas e politizar o debate com nossas bases.”

Juvandia utilizou a apresentação do Dieese, realizada anteriormente, para enfatizar a diminuição da categoria, em mais de 30 mil postos de trabalho nos últimos anos, e a diminuição dos salários, com a alta rotatividade nos bancos. “A situação pode piorar com as reformas propostas por esse governo. A reforma trabalhista é uma das piores coisas que podem acontecer para toda a classe trabalhadora, são mais de 200 dispositivos que regem as relações de trabalho alterados. E muita gente ainda não sabe disso. Precisamos refletir quantos desafios temos com esta conjuntura e buscar uma saída.”

Para a vice-presidenta da Contraf-CUT, os dirigentes sindicais têm um papel fundamental neste processo. “Nós temos que impedir que este projeto seja aprovado. Nós temos que ir nos locais de trabalho e explicar para todos os bancários quais os riscos que eles estão correndo. Cabe a gente levar todo mundo para rua. Temos de fazer uma Greve Geral, no próximo dia 30, ainda mais que a de abril. Os bancários têm uma organização que extrapola a categoria, nós temos que ir para as ruas dialogar com a população e fazer esse movimento acontecer”, finalizou.

Na parte da tarde, os participantes serão divididos por bancos e por grupos para debater os temas apresentados.

 

Fonte: Contraf-CUT


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