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22 de Fevereiro de 2018 às 14:14

Com lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2017, Banco do Brasil pagará a PLR no dia 12 de março

O Itaú já anunciou que depositará a PLR e a PCR dia 1º de março. O Bradesco já fez o pagamento em 9 de fevereiro e o Santander no dia 20. Nesta sexta 23 será o Safra


O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira 22 que o lucro líquido ajustado — que exclui efeitos de receitas e despesas extraordinários — cresceu 54,2% e chegou a R$ 11,1 bilhões em 2017, com redução da provisão contra calotes de clientes e aumento das receitas com prestação de serviços. Somente no quarto trimestre o lucro foi de R$ 3,188 bilhões, crescimento de 82,5%. No mesmo dia, o banco informou extra-oficialmente que pagará a PLR em 12 de março, mesmo dia da distribuição dos lucros aos acionistas.

O balanço do BB indica a redução de mais de R$ 2 bilhões na folha de pagamento em 2017, com o corte de 1.461 postos de trabalho, o que resultou em uma queda de 8% nas despesas com pessoal. Em 2016, o banco já havia reduzido o número de funcionários em 8.569 trabalhadores. Além disso, no ano passado foram fechadas 670 agências.

O resultado do maior banco do país foi anunciado em comunicado à imprensa. O informe sobre o pagamento da PLR foi prestado pelo presidente Paulo Caffarelli em comunicado interno a funcionários.

Antes do BB, o Itaú já havia informado que fará o pagamento da PLR e da PCR no dia 1º de março. O banco, que teve o maior lucro de sua história em 2017, de R$ 24,8 bilhões, anunciou que o valor será pago pelo teto, equivalente a 2,2 salários, limitado a R$ 26.478,55, descontada a primeira parcela, já paga em setembro do ano passado.  

Os bancários do Itaú também receberão, na mesma data, a parcela correspondente à PLR Adicional, no valor de R$ 4.487,16, e a PCR, de R$ 2.535,87. Esses valores não terão compensação dos apurados nos programas próprios.

O Citibank realizou o pagamento da PLR no dia 1º de fevereiro e o Santander no dia 20 de fevereiro. Bradesco e Losango creditaram os valores no dia 9 e o Safra depositará nesta sexta-feira 23.

Inadimplência

A margem financeira bruta do BB ficou em R$ 14,548 bilhões nos três últimos meses de 2017, o que significa queda de 5,1% em relação a um ano antes. No entanto, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) recuaram 24,7%, para R$ 5,637 bilhões. As rendas de tarifas somaram R$ 6,735 bilhões, crescimento de 6,6% em relação ao quarto trimestre de 2016. As despesas administrativas e de pessoal, entretanto, caíram 4,4% e ficaram em R$ 8,236 bilhões. 

O índice de inadimplência nas operações de crédito do BB recuou para 3,74% em dezembro de 2017 em relação aos 3,94% apresentados em setembro. A taxa de calotes, no entanto, ainda continuou acima dos 3,29% apresentados no fim de 2016.

Sem o efeito de casos específicos do segmento corporativo, a inadimplência teria ficado em 3,32%, considerando as operações com atraso superior a 90 dias. 

O resultado do banco foi ajudado pelo crescimento de 9% das receitas com prestação de serviço, para R$ 25,9 bilhões. A receita com conta corrente cresceu 11,7% na base anual, enquanto a com administração de fundos avançou 26,5%.

O banco também enxugou despesas no ano passado, que caíram 3,1%, para R$ 31,8 bilhões. As despesas com pessoal recuaram 6,2%, para R$ 18,98 bilhões, com diminuição no quadro de funcionários (-1.461).

O retorno sobre patrimônio líquido cresceu de 8,7% para 12,3%. 

Crédito

Assim como foi visto em outros bancos, o BB registrou queda na carteira de crédito. A redução foi de 3,8% em relação a 2016, para R$ 681,3 bilhões. No segmento pessoa física, a carteira ficou estável em R$ 187,4 bilhões.

O banco priorizou linhas consideradas mais seguras, como consignado, que cresceu 6,4% no ano, para R$ 67,5 bilhões. Também focou no crédito imobiliário, que avançou 6,4% em 2017, para R$ 44,6 bilhões.

O financiamento de veículos recuou 27,5% em um ano, para R$ 14,8 bilhões. Mas o presidente do BB afirma que o banco mantém o foco no segmento. No crédito para empresas, o banco viu sua carteira de crédito diminuir 8,9%, para R$ 227 bilhões. Para médias e grandes empresas, a queda foi de 2,2%, para R$ 139,2 bilhões. No segmento de micro e pequenas empresas, o recuo foi de 31,5%, para R$ 47 bilhões.

Em 2018, o banco espera lucro entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14 bilhões. A projeção é de crescimento de 1% a 4% da carteira de crédito, puxado pelo segmento de pessoas físicas (avanço de 4% a 7%).

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Folha de São Paulo, Valor Econômico e Seeb São Paulo

(Última atualização: dia 23, às 7h25)


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