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14 de Agosto de 2020 às 20:34

CN2020: Banpará inicia debate econômico e entidades pedem proposta


A quarta rodada de negociações entre as entidades sindicais e o Banpará na Campanha Nacional 2020 foi realizada na manhã desta sexta-feira (14), por teleconferência. A reunião tratou de pautas sociais pendentes de reuniões anteriores como o pré-acordo, jornada de trabalho, atuação sindical no banco, reforma trabalhista e iniciou discussão sobre as cláusulas econômicas, com pautas específicas do Acordo Coletivo do Banpará.

A quinta rodada com o Banpará está agendada para a próxima terça-feira (18). Acompanhe as negociações pelo site e pelas redes sociais do Sindicato dos Bancários.

Os bancários e bancárias do Banpará foram representados na mesa de negociação de hoje pela vice-presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira; pela diretora da Fetec –CUT/CN, Vera Paoloni; a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim e a assessora jurídica Camila Aranha.

Pelo Banpará participaram o diretor administrativo, Paulo Arévalo; os assessores da DIRAD, Luana Pontes e Igor Gonçalves; o superintendente da SUAPE, Haroldo Ney Júnior e a advogada Lorena Sirotheau Lestra.

Confira o resumo da 4ª rodada com o Banpará

Pendências da reunião anterior

ARTIGO 32. JORNADA DE TRABALHO

· Banco informou que não tem interesse em clausular pontos divergentes ao que consta na lei da reforma trabalhista;

· A defesa das entidades é que a reforma é muito danosa para o trabalhador e clausular esses procedimentos no acordo é uma proteção ao trabalhador.

ARTIGO 33. ACESSO DOS REPRESENTANTES SINDICAIS

· Segundo o banco esse acesso já é comtemplado. Ponto foi retirado.

ARTIGO 34. DA VEDAÇÃO DA RESCISÃO POR COMUM ACORDO

· Banco relata que segue as regras gerais e não topa abrir mão de procedimentos normativos da reforma.

ARTIGO 35. DA LIBERDADE SINDICAL

· Segundo o banco, o assunto já é tratando dentro das normas internas;

· Para o movimento sindical é preciso dar mais segurança ao dirigente sindical, do ponto de vista de sua atuação frente às demandas do dia a dia.

ARTIGO 36. DA VEDAÇÃO DE PRÊMIOS POR PRODUTIVIDADE

· A proposta das entidades é de não ter uma diferença significativa na renda do trabalhador em função da adoção de renda variável;

· Banco não tem acordo em clausular.

ARTIGO 37. DA NULIDADE DE QUITAÇÃO ANUAL DE PASSIVO TRABALHISTA

· Segue a mesma defesa de pontos anteriores referente à reforma trabalhista;

· Para as entidades é importante um debate mais claro dos termos inclusive o sindicato se propõs em apresentar uma redação que seja mais de acordo entre as partes.

ARTIGO 38. DA REPRESENTAÇÃO INDIVIDUAL DE EMPREGADOS

· A proposta das entidades é que seja seguido o modelo de negociação hoje existente com o banco;

· Banco segue na mesma linha das cláusulas anteriores.

ARTIGO 39. DA IMPLEMENTAÇÃO UNILATERAL DE PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS

· Tema vem sendo debatido em GT específico, mas banco não reconhece os argumentos do movimento sindical. Tema será retomado no debate do artigo 8 da minuta.

CLAUSULAS ECONÔMICAS

ARTIGO 4ª. TEMPO DE SERVIÇO/ANUÊNIO

· Pedido de reajuste para R$ 150,00

· Banco vai aguardar resultado da Fenaban.

ARTIGO 7º. PISO SALARIAL

· As entidades defendem que o banco avalie uma proposta diferenciada para melhor atender as demandas dos seus funcionários;

· Banco informou aguardará a mesa da Fenaban, mas fará análise do pleito.

ARTIGO 8º. PCCS

· Banco solicita que seja debatido na próxima reunião, dia 18.

ARTIGO 9º. GRATIFICAÇÃO PARA FUNCIONÁRIOS DO SAC

· Banco entende que não tem demanda pra atender esse artigo,

· Entidades defendem que os trabalhadores fazem trabalho diferenciado, por isso solicitam essa inclusão.

ARTIGO 10. GARANTIA DE PERMANÊNCIA NA FUNÇÃO COMISSIONADA

· Banco entende que fica amarrado com a proposta de redação apresentada, que já existe uma prática da empresa de manter o trabalhador na função após cessar o benefício previdenciário.

· As entidades defendem que seria uma proteção ao trabalhador adoecido, além de confirmar uma prática que a empresa assegura existir.

ARTIGO 11. AUMENTO DA GRATIFICAÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS DO CALL CENTER

· Banco entende que já contempla essa função em nível de mercado, por isso vai manter na forma atual;

· Banco fará nova análise das funções, já que manterá no futuro ACT o art 52 do atual acordo e que, inclusive, já adequou algumas funções, após pesquisa e estudo interno.

ARTIGO 12. AJUDA DESLOCAMENTO E COMUNICAÇÃO

· As entidades solicitam que o banco reconheça essas despesas;

· Banco já atende esse dispositivo, inclusive o deslocamento noturno, regramento no Regulamento de Pessoal.

ARTIGO 13. AUXÍLIO PARA FILHOS E DEMAIS DEPENDENTES COM DEFICIÊNCIA

· O banco atualmente paga R$ 1.272,23 e informou, que seguiria o reajuste da Fenaban;

· As entidades fizeram um debate aprofundado neste ponto, mostrando o quanto é pequeno o número de beneficiários e o quanto um valor a mais que o reajuste da mesa Fenaban seria importante para a renda familiar de quem tem filhos com deficiência.

. Banco acatou a ponderação e ficou de apresentar uma proposta na próxima rodada. O ponto solicitado será levado para a reunião da diretoria colegiada e trará uma resposta na próxima rodada.

ARTIGO 14. TERCEIRIZADOS

· As entidades reforçam a realidade dos trabalhadores terceirizados;

· O banco afirma ser rigoroso quanto aos direitos dos terceirizados, com relação aos pagamentos de salários e que monitora os contratos para atenderem a todas as regularidades fiscais;

· Do ponto de vista da atividade fim o banco coloca que segue a regra de obrigação funcional de concurso público e que está impedido de terceirizado atividades bancárias.

Avaliações

“Um valor maior ao auxílio para funcionários que têm filhos com deficiênciaéimportante,embora sejam poucos colegas que têm direito. Mas é simbólico ter um olhar diferenciado aos mais vulneráveis.. Dia 18,3a feira é a 5ª rodada e já estamos nos aproximando rapidamente de pontos econômicos importantes, como reajuste, PLR e PCS.Então, todo mundo ligado!, recomenda avalia a diretora da Fetec-CUT/CN e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

“Infelizmente, o Banpará não se comprometeu com novas cláusulas no sentido de frear a aplicação da reforma trabalhista de 2017 e nem sobre a terceirização. Contudo, afirmou em mesa que não há estudos em andamento e nem intenção de aplicação dos itens propostos na nossa minuta, como novas formas de contratação ou terceirização das atividades fins”, afirma a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

“Nacionalmente a categoria já vive a expectativa de ver uma proposta da Fenaban para nossas reivindicações e esperamos que o mesmo ocorra com o Banpará na próxima rodada, tendo em vista que a próxima semana será decisiva para os rumos da nossa Campanha Nacional 2020”, pontuou a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

Fonte: Bancários PA


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