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7 de Fevereiro de 2017 às 12:15

Caixa tem que repor vagas deixadas com plano de demissão, defende presidente da Fenae

As regras do PDVE, cujo objetivo é desligar pelo menos 10 mil trabalhadores, foram anunciadas nesta segunda-feira. Jair Pedro Ferreira observa que sobrecarga e adoecimentos podem se agravar


Crédito: Reprodução

Brasília - A Caixa Econômica Federal divulgou nesta segunda-feira (6) as regras do Plano de Demissão Voluntária Extraordinária (PDVE). As adesões já começam nesta terça, 7, e prosseguem até 20 de fevereiro. Os empregados que aderirem deverão efetivar o desligamento no período de 14 de fevereiro a 8 de março de 2017. Em entrevista após o anúncio, o presidente do banco, Gilberto Occhi, confirmou que o objetivo é cortar até 10 mil trabalhadores.

Conforme o comunicado da empresa, estão aptos a aderir os empregados aposentados pelo INSS ou que podem se aposentar até 30 de junho deste ano; trabalhadores com no mínimo 15 anos de efetivo exercício de trabalho; empregados com adicional de incorporação de função de confiança, cargo em comissão ou função gratificada até a data de desligamento (sem exigência de tempo mínimo de efetivo exercício na Caixa).

“Respeitamos os colegas que desejam aderir ao PDVE. O que defendemos, desde os Planos de Apoio à Aposentadoria realizados em 2015 e 2016, é que a Caixa reponha os que estão saindo. Com a saída de mais de 5 mil empregados e a falta de contratações, o que temos hoje é um dia a dia de sobrecarga e adoecimentos nas unidades de todo o país. Isso tende a se agravar ainda mais com essas demissões”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Para ele, é preciso intensificar a defesa da Caixa 100% pública e sua importância na execução de políticas sociais.

Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), atesta que o novo plano de demissão voluntária reforça a intenção de enxugar o banco e prepará-lo para a privatização. “É um absurdo a redução do número de trabalhadores nesse momento em que o governo libera contas inativas e, consequentemente, leva a população a procurar as agências da Caixa, que já estão com a qualidade do atendimento comprometida. Os empregados não devem aceitar qualquer pressão para aderir ao PDVE”, afirma.

A Caixa oferece como incentivo financeiro para os desligamentos 10 remunerações base do empregado, considerando data de referência 31 de janeiro deste ano. O banco ainda propõe a manutenção por tempo indeterminado do Saúde Caixa para os trabalhadores já aposentados pela Previdência Social ou que vão se aposentar até 30 de junho, e para os admitidos já na condição de aposentados pelo INSS com o mínimo de 120 meses de contribuição para o plano de saúde. Nos demais casos, o plano será assegurado por apenas 24 meses.

Fonte: Fenae


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