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8 de Janeiro de 2019 às 04:16

Caixa e seus milhares de empregados merecem respeito, responde Fenae a governo Bolsonaro

Para entidade, declarações do presidente da República e do novo presidente do banco "desrespeitaram os empregados da Caixa, da ativa e aposentados, e a instituição"


A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) divulgou nota oficial nesta segunda-feira 7 para repudiar as declarações do presidente Jair Bolsonaro e do novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que durante a cerinômia de posse dos novos dirigentes dos bancos públicos "desrespeitaram os empregados da Caixa, da ativa e aposentados, e a instituição", ao afirmarem que a empresa foi “foi vítima de saques, fraudes e assaltos aos recursos públicos".

Para a Fenae, "o que eles fazem é colocar sob suspeição a atuação do banco e, claro, todo o quadro de pessoal", com o objetivo claro de "macular a imagem da Caixa, a fim de obter o apoio necessário à onda de privatizações que se aproxima".

A posse dos novos presidentes da Caixa, do Banco do Brasil e do BNDES ocorreu no mesmo dia em que o jornal Folha de São Paulo divulgou pesquisa Datafolha revelando que a maioria do povo brasileiro é contrária à privatização das empresas públicas e à redução de direitos trabalhistas.

A nota oficial da Fenae

Caixa e seus milhares de empregados merecem respeito

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) repudia as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (7), durante a posse dos presidentes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDES. Ambos desrespeitaram os empregados da Caixa, da ativa e aposentados, e a instituição, que vai completar 158 anos no dia 12 de janeiro.

Em sua fala no Palácio do Planalto, Guedes afirmou que a Caixa “foi vítima de saques, fraudes e assaltos aos recursos públicos, como vai ficar óbvio logo a frente, a medida que, como diz o presidente, essas caixas pretas forem examinadas”. Já Bolsonaro, ao destacar a quantidade de presentes, disse: “o evento está bem concorrido porque são os homens do dinheiro que estão aqui. Só que, dessa vez, é o dinheiro do bem”.

Mas, ao que exatamente se referem o presidente e o ministro? Sem dar detalhes sobre esse tipo de denúncia, o que eles fazem é colocar sob suspeição a atuação do banco e, claro, todo o quadro de pessoal. Se o dinheiro agora é “do bem”, antes era do “do mal”? Bolsonaro também declarou que a transparência estará acima de tudo em seu governo. Até o momento, porém, não conseguiram ser transparentes nem mesmo nos discursos.

O que se busca claramente hoje é macular a imagem da Caixa, a fim de obter o apoio necessário à onda de privatizações que se aproxima. O banco da habitação, do FGTS, das loterias, do saneamento, da gestão de programas sociais, enfim, de todos os brasileiros, dever ser fortalecido. Não pode ser enfraquecido e fatiado, como pretendem Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e o novo presidente da instituição, Pedro Guimarães, em benefício do setor privado.

É natural que uma gestão recém-chegada dê novos rumos à Caixa, conforme as diretrizes que acredita serem corretas e necessárias. O que não se pode permitir é que as medidas adotadas representem um selo de ineficiência para uma empresa que contribui há mais de um século e meio com o desenvolvimento econômico e social do país, e tampouco para os milhares de trabalhadores que constroem a Caixa no dia a dia, Brasil afora.

Acima de tudo, a Caixa e seus milhares de empregados merecem respeito!


Fonte: Fetec-CUT/CN, com Fenae


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