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17 de Dezembro de 2018 às 21:13

Caixa determina ativação de GT para discutir contencioso da Funcef

Em reunião com Fenae, Nelson de Souza disse que conversará com presidente do fundo de pensão para ativar GT ainda em 2018. Fórum contará com as entidades representativas dos participantes


O presidente da Caixa, Nelson de Souza, determinou a implementação imediata do grupo de trabalho entre o banco, Funcef e as entidades representativas dos trabalhadores para discussão de temas como o contencioso. Em reunião, nesta segunda-feira (17) com o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e a diretora de Saúde e Previdência Fabiana Matheus, Souza se comprometeu a formalizar a ativação do grupo ainda em 2018.

Os dirigentes da Fenae entregaram ao presidente da Caixa a segunda edição do Relatório do Contencioso, publicação que reúne os principais números do passivo judicial dos planos da Funcef e denuncia o impacto desse fator no deficit dos planos de benefícios, com base nos números divulgados pela Fundação referentes a setembro de 2018.

O presidente da Caixa foi indagado sobre o grupo de trabalho, que havia sido aprovado em mesa de negociação realizada em maio de 2016 e que, mesmo as nomeações dos integrantes das três partes, acabou sendo cancelado por decisão da diretoria da Funcef. Diante do questionamento, Nelson de Souza determinou ao vice-presidente de Gestão de Pessoas, Marcos Jacinto, e ao Superintendente Nacional de Contencioso, Leonardo Faustino, que se reúnam com o presidente da Funcef, Carlos Antonio Vieira, para os devidos encaminhamentos.

“A Caixa vai chamar a Funcef para retomar o grupo de trabalho. Precisamos buscar, por meio do diálogo, soluções efetivas”, disse Nelson de Souza.

Maior fator de deficit

O passivo judicial é o principal fator de desequilíbrio nos planos de benefícios da Funcef. O provisionamento de R$ 1,2 bilhão para ações de perda provável equivale a 17,3% do deficit de R$ 6,9 bilhões acumulado até setembro de 2018. Contudo, existe uma outra parcela do contencioso, classificada como “perda possível”, que praticamente triplicou nos últimos sete anos e já chega a R$ 17,9 bilhões, 15 vezes o valor da provisão. Esse é o tamanho do chamado contencioso “oculto”.

As ações de “perda possível”, que não têm provisionamento obrigatório, são aquelas cuja chance de perda é de até 50% conforme avaliação da Funcef. Isso significa que, ao menos metade desse contencioso “oculto”, R$8,9 bilhões, deverá ser executada e acabará virando prejuízo para os trabalhadores. Somado ao valor provisionado de R$ 1,2 bilhão, essa conta toda chega a R$ 10,1 bilhões.

Fonte: Fenae


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