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29 de Novembro de 2017 às 08:41

Caixa: Ato em Brasília reforça unidade dos empregados contra privatização


Brasília - Os empregados e empregadas da Caixa demonstraram força e unidade na luta em defesa da Caixa 100% pública. A atividade desta terça-feira (28) reuniu o corpo funcional da Caixa para reforçar a importância da empresa para o crescimento social e econômico do país, garantindo cidadania, educação e moradia a milhões de brasileiros.

Juntos, trabalhadores e lideranças sindicais disseram não à abertura do capital da empresa. O frontal ataque à manutenção da Caixa como empresa 100% pública é mais uma estratégia articulada pelo governo ilegítimo de Michel Temer para favorecer o mercado financeiro.



Diretor do Sindicato e representante de Brasília na Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Wandeir Severo alerta que o que está em jogo não se restringe ao emprego e à vida dos empregados da Caixa. “O ataque é direcionado a uma empresa fundamental para a existência do país”, desabafa.

De acordo com Wandeir, “há um círculo virtuoso que precisa ser mantido com o apoio dos empregados, atentos às informações verdadeiras, debatendo e discutindo a Caixa dentro e fora da empresa. Na mesa de negociação, manteremos o pulso firme e a mão forte, não aceitando os desmandos da direção da empresa”, completa.

Para Helenilda Candido, diretora do Sindicato e empregada aposentada, “os empregados da Caixa tem a importante missão de encabeçar essa luta em defesa do patrimônio brasileiro. A população precisa da Caixa de portas abertas, com os produtos que sempre estiveram no seu portfólio. A Caixa tem capacidade de atuar por mais 100, 200 anos sem se tornar obsoleta, ao contrário de quem propõe tais políticas”.

“Contamos com a participação e atuação dos empregados da Caixa de todo o país, a exemplo do que vimos no ato desta terça, que contou com a presença de representantes de associações e entidades. Vamos juntos defender nossa empresa 100% pública”, convida o diretor do Sindicato, Henrique Almeida.

Diretor da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Enilson da Silva reforçou que o ato “faz parte do processo de resistência liderado pelos empregados contra o principal objetivo do governo ilegítimo, que é a privatização. Unidos, demonstramos a força que sempre tivemos para enfrentar qualquer tentativa de desmonte do banco”.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também participou da atividade. Durante sua fala, Erika lembrou o histórico de luta dos trabalhadores da Caixa e defendeu a manutenção da empresa 100% pública. “A Caixa tem muita história para estar no balcão de negócios deste governo que está aí sem um voto sequer do povo brasileiro. Querem introduzir na empresa o viés do mercado, desconsiderando totalmente que é a Caixa a maior articuladora das políticas públicas do país”, alertou Erika, que também é empregada da Caixa.

Bancários do BB também somaram forças à atividade realizada pelo Sindicato em parceria com associações e entidades que representam o pessoal da Caixa. Secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon frisou que a defesa da Caixa passa pela defesa dos bancos públicos e das empresas públicas, na mira do governo golpista.



“A Eletrobrás, a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa estão sob ataque. Assim, esta é uma luta conjunta em defesa de todas as empresas públicas do Brasil. Acabamos de ver a venda de vários campos do pré-sal para investidores financeiros, entregando nossos recursos para empresas internacionais, tudo parte do golpe de Estado que essas empresas mesmo ajudaram a construir”, contextualiza Zanon.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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