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6 de Dezembro de 2016 às 08:17

Banpará usa método sorrateiro para impor reestruturação sem diálogo e sem critérios


Belém PA - As sextas-feiras estão se transformando em dias de pesadelos e aflição para o funcionalismo do Banpará, principalmente para os bancários e bancárias que exercem função comissionada. Através de portarias publicadas sempre após o expediente bancário do último dia útil da semana, o banco extingue funções comissionadas de forma sorrateira, sem nenhum critério ou diálogo com a categoria, e isso tem provocado abalos significativos na vida de funcionários e funcionárias com longa história dedicada ao fortalecimento e crescimento do Banco do Estado. Por isso, o Sindicato dos Bancários do Pará exige explicações para essa dinâmica que está sendo colocada em prática de forma unilateral.

No final da tarde do dia 18 de novembro, uma sexta-feira, o Banpará publicou uma portaria onde destituía 11 auditores de suas funções. Diga-se de passagem, 11 pais e mães de família que o banco investiu muito em sua formação, investiu dinheiro público para que eles pudessem ter capacitação, qualificação e experiência. Pessoas com mais de 30 anos de carreira na instituição e que foram destituídas sem nenhuma justifica ou agradecimento pelos serviços prestados na função. Todos foram pegos de surpresa, alguns ainda em férias e outros afastados por estarem em grave situação de adoecimento. Agora, para tentar amenizar o problema causado, o banco oferece a esses 11 auditores funções com comissões 60% menores das que recebiam.

Não bastassem as destituições, o Banpará, na mesma portaria, nomeou 14 novos auditores. Porém, sem o critério democrático do processo seletivo interno. Ou seja, o banco usou de truculência e autoritarismo para comissionar e descomissionar funcionários. Um total desrespeito com seu funcionalismo e com suas entidades representativas, que em nenhum momento foram chamadas para discutir políticas de reestruturação.

Agora, no último dia 2 de dezembro, outra sexta-feira, o alvo foram os funcionários do Núcleo de Relações Institucionais com o Governo – NUGOV. O Banpará novamente publicou uma portaria onde destituiu 8 funcionários do NUGOV, retirou a comissão de outros 6 e remanejou 2 funcionários do núcleo, os quais tiveram suas comissões mantidas. E mais uma vez o banco não justificou, não expôs os critérios para adoção de tal medida.

Incompetência ou Retaliação?

O Banpará possui assessoria jurídica e consultoria técnica, mas parece que todo esse investimento não está surtindo efeito, tendo em vista que o banco parece não perceber que toda essa pretensa reestruturação, onde o se tira ou coloca pessoas em funções comissionadas sem nenhum critério, justificativa ou processo seletivo, pode gerar um enorme passivo trabalhista. Ou seja, o que serviria para “economizar” pode se tornar um grande prejuízo, desnecessário, para o banco. Estaria, então, todo esse assessoramento do Banpará assinando atestado de incompetência?

Outro elemento que chama atenção é o fato de que, tanto os auditores quanto os membros do NUGOV, movem na justiça trabalhistas ações de 7ª e 8ª horas, como forma de reparar as horas extras trabalhadas e não pagas, já que a jornada de trabalho é de 6 horas. Por isso, fica a dúvida se essas medidas de reestruturação são de fato políticas administrativas ou mera retaliação política?

O fato é que o Sindicato tem encontrado esses referidos trabalhadores em estado de choque, tanto da Auditoria quanto da NUGOV, e com a sensação de estarem sendo discriminados por serem funcionários mais antigos. Estão sem perspectivas de progressão e entendem que o banco tem criado condições para que saiam da empresa. Sem dó e sem dor.

Por isso, o Sindicato dos Bancários do Pará reivindica reunião com a direção do Banpará, em caráter de urgência, para tratar sobre essa política de reestruturação que está em curso de forma autoritária. A categoria exige respostas, de forma clara e urgente.
 

Sindicato dos Bancários do Pará

 

Fonte: SEEB/Pará


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