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20 de Outubro de 2017 às 17:51

Bancos fecham 16.879 empregos até setembro, sendo 1.033 nas regiões Norte e Centro Oeste

Caixa foi quem mais cortou. Pesquisa mostra que bancos mantêm rotatividade para reduzir salários e que mulheres já entram ganhando menos que os homens no sistema financeiro


Os bancos que operam no país fecharam 16.879 postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2017, segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) elaborada pela subseção do Dieese da Contraf-CUT com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Nas regiões Centro Oeste e Norte, foram fechados 1.033 empregos no sistema financeiro.

Os números também mostram que continua alta a rotatividade nos bancos (34.518 foram desligados e 17.639 admitidos nesse período), como forma de reduzir a média salarial dos bancários, e que persiste a discriminação contra as mulheres, que já entram nos bancos ganhando menos que os homens.

A Caixa Econômica Federal foi a responsável pela maior quantidade de corte de empregos nos primeiros nove meses do ano: 6.789, concentrados nos meses de março (3.039) e agosto (2.302), em razão dos planos de demissão voluntárias (PDV).

Somente em setembro, logo após a aprovação da reforma trabalhista no Congresso Nacional, os bancos fecharam 2.419 postos de trabalho.

Na região Centro Norte, o maior número de cortes ocorreu no Distrito Federal, com fechamento de 854 postos de trabalho, seguido de Goiás (338), Pará (214), Mato Grosso do Sul (186), Mato Grosso (141), Amazonas (68), Rondônia (37), Amapá (22), Tocantins (20), Roraima (7) e Acre (5).

Mulheres já entram nos bancos ganhando menos

As 8.830 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e setembro de 2017 receberam, em média, R$ 3.515,55. Esse valor corresponde a 69,9% da remuneração média auferida pelos 8.809 homens contratados no mesmo período. 

Há uma diferença ainda maior de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 17.769 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 6.607,35, o que representou 78,1% da remuneração média dos 16,749 homens desligados dos bancos no período, conforme a Tabela 3.

Confira aqui o estudo do Dieese.


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