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19 de Junho de 2018 às 14:19

Banco do Brasil precisa abrir negociação sobre Cassi em vez de assediar funcionários


O custeio e a governança da Cassi são de responsabilidade estatutária de quem paga a conta – o banco e os associados. Qualquer mudança no estatuto depende de negociação entre as duas partes para depois levar à aprovação do Corpo Social.

O banco resolveu atropelar este processo. Quer impor aos diretores e conselheiros da Cassi uma decisão que não cabe a eles. Ao mesmo tempo, assedia os funcionários para apoiarem uma proposta que corta direitos, aumenta contribuições dos associados e reduz as do banco, implanta voto de minerva a favor do banco e entrega duas diretorias ao mercado, reduzindo a participação dos associados a um terço.

O banco ameaça com intervenção da ANS. Não leva em conta que o principal responsável pela solução do problema financeiro da Cassi é o próprio banco, que responde pela Cassi junto à ANS. O banco desconsidera que é responsável pela saúde dos funcionários e que o custo da Cassi é 43% menor que os planos de mercado, conforme aponta a Consultoria Accenture. O banco desconhece que a governança da Cassi não melhora reduzindo a participação dos associados, mas aprimorando mecanismos de decisão e governança, implantando alçadas e indicando para a Cassi dirigentes que tenham capacidade de negociação.

O banco quer implantar voto de minerva e entregar duas diretorias a profissionais de mercado, contratados por ele, para poder aprovar com facilidade cortes de direito e aumento das contribuições dos associados. Não aceitaremos este ataque.

As premissas que o banco não quer aceitar - Acusam a Contraf e as entidades de não terem proposta. Já apresentamos ao banco nossas premissas: 1. Manter a governança paritária. 2. Se houver contribuição adicional, que seja mantida a relação 1,5 x 1 entre banco e associados. 3. Manter a solidariedade entre os associados com remunerações distintas e entre ativos e aposentados. 4. Com base nestas premissas, aceitamos negociar.

A importância da Cassi para os funcionários é muito grande. Assediar não é forma de resolver seus problemas. As entidades cumprem sua missão de defender os funcionários, assim como fizeram em 2016, quando o banco pretendia aumentar as contribuições dos associados e congelar as dele, mas teve de aportar 1,5 vez as contribuições adicionais dos funcionários. Se o dinheiro não foi suficiente, é porque a área financeira da Cassi, controlada pelo banco, não acertou as contas.

A Contraf e as entidades estão dispostas a buscar soluções e esperam do banco esta mesma vontade. Se continuar atropelando, os associados vão reagir votando contra.

Fonte: Comissão de Empresa dos Funcionários do BB


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