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9 de Setembro de 2016 às 14:05

Bancários rejeitam na mesa nova proposta da Fenaban de 7% mais abono

Fenaban insiste na estratégia de trocar reajuste por abono, o que a categoria rejeita porque traz perdas presentes e futuras. Negociação continua no dia 13/9 e Comando orienta intensificar mobilização


Crédito: Jailton Garcia / Contraf-CUT
Orientação do Comando Nacional dos Bancários é intensificar a greve em todo o país

O Comando Nacional dos Bancários, integrado pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), rejeitou na mesa de negociação a nova proposta apresentada pela Fenaban nesta sexta-feira 9, quarto dia da greve nacional da categoria, que eleva de 6,5% para 7% o reajuste do salário (2,39% abaixo da inflação), da PLR e demais verbas salariais e aumenta o abono para R$ 3.300, mas continua ignorando as reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

Nova rodada de negociação foi marcada para a terça-feira 13 de setembro, às 14h, em São Paulo.

“Além de ser uma proposta muito insuficiente nas cláusulas econômicas, abaixo da inflação, os banqueiros desprezam nossas reivindicações sociais, que consideramos muito importantes, como garantia de emprego, saúde e condições de trabalho, combate ao assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional.

Leia também: Em nota Direção da Fetec-CUT/CN reafirma que não aceita perda de conquistas

“E deixamos mais uma vez claro para os banqueiros que os bancários insistem no aumento real e na valorização do piso e não aceitam trocar reajuste por abono, porque essa é uma armadilha que traz perdas presentes e futuras para a categoria, como já ocorreu na década de 1990 durante os governos de Fernando Henrique Cardoso. Esperamos que no dia 13 os bancos apresentem uma proposta que contemple nossas reivindicações”, acrescenta Avelino.

Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos, de 1995 a 2002 (os dois governos FHC) os bancários dos bancos privados tiveram perdas de 4,60% nos salários, os do Banco do Brasil 33,53% e os empregados da Caixa 37,38%.

“Os bancos continuam tendo lucros astronômicos e podem perfeitamente atender às reivindicações da categoria. Para pressionar os banqueiros, a única saída é intensificar a mobilização e ampliar a greve em todo o país”, conclui o presidente da Fetec-CUT/CN.

> Veja aqui a galeria de fotos do 4º dia da Greve.

Os bancos retornam à mesa de negociação por causa da força da greve nacional da categoria. Nesta sexta-feira 9, quarto dia da paralisação, aumentou a adesão dos bancários à greve. Foram fechados 10.027 agências e 54 centros administrativos em todo o país, um crescimento de 14%. A greve também cresceu nas 12 bases sindicais da Fetec-CUT/CN, veja os números no quadro ao lado com o fechamento 1.281 agências, um aumento de 20% em relação à quinta-feira.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN - Atualizada no dia 09/09/16 às 17:50


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