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19 de Julho de 2018 às 06:40

Bancários querem o fim das metas abusivas e do assédio moral para preservar a saúde

Esses são os principais temas da terceira rodada de negociação da Campanha Nacional 2018 com os bancos, que será realizada nesta quinta-feira 19 em São Paulo


O Comando Nacional dos Bancários faz nesta quinta-feira 19, em São Paulo, a terceira rodada de negociações da Campanha de 2018 com a Federação dos Bancos (Fenaban), para discutir saúde e condições de trabalho, o que inclui o fim das metas abusivas e do assédio moral. A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) participa da negociação, como integrante do Comando Nacional

“Com uma rotina de trabalho cada vez mais estressante, a categoria bancária está entre as mais afetadas por doenças do trabalho no país. É o resultado das metas abusivas, que leva ao assédio moral, à falta de segurança nas agências, intensificação e ritmo acelerado do trabalho, consequências de uma organização e processo de trabalho que não respeita os trabalhadores”, afirma Cleiton dos Santos, presidente Fetec-CUT/CN.

O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho atesta que o setor financeiro está entre os que mais adoecem seus empregados. Seus dados mostram que, entre 2012 e 2017, os bancos foram responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no país, mas por 5% dos afastamentos por doença. Além disso, 6% do total de recursos utilizados em benefícios para afastados por doença relacionada ao trabalho, no mesmo período, tiveram relação com problemas de saúde dos bancários. 

Não por acaso, o combate ao assédio moral ficou em terceiro lugar dentre as prioridades apontadas por trabalhadores e trabalhadoras de bancos públicos e privados de todo o Brasil, na consulta nacional feita pelos sindicatos e coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), no mês de maio.

A pesquisa apontou que, para 25% da categoria, a prioridade da campanha deve ser a conquista do aumento real. Outros 23% querem que a prioridade seja a manutenção de direitos e 18% o combate ao assédio moral. A garantia do emprego (15%) e impedir a terceirização (14%) vieram na sequência: em 2017 foram extintos 17.905 postos de trabalho e, de janeiro a maio deste ano, 2.675 bancários já ficaram sem seus empregos.

Trabalhar em paz

Bancários e clientes podem ajudar a pressionar os bancos por saúde, melhores condições de trabalho e consequentemente mais qualidade no atendimento utilizando nas redes sociais a #querotrabalharempaz. Um tuitaço está marcado para as 9h desta quinta-feira. Participe!

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Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT


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