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12 de Agosto de 2019 às 08:24

Bancários protestam contra reestruturação com cortes no Banco do Brasil

Em Defesa dos Bancos Públicos


Campo Grande MS - Nesta sexta-feira, dia 9, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região se mobilizou em um Dia Nacional de Luta contra a reestruturação com cortes no Banco do Brasil. Em Campo Grande, a mobilização aconteceu em frente à agência do Banco do Brasil, que fica na esquina da Rua 13 de maio com Avenida Afonso Pena.

Os dirigentes sindicais serviram um café da manhã para a comunidade, dialogando com a população e os bancários. Além disso, foi distribuído um material informativo sobre o banco público e os ataques que vem sofrendo. *Clique aqui e leia o informativo O Espelho*

Segundo a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues, é necessário muita determinação para barrar os ataques do governo contra os bancos públicos.

“O sindicato se mobiliza hoje na frente da maior agência do estado para conscientizar os trabalhadores, conversar com a sociedade em geral e mostrar que essa luta não é só nossa, essa luta é de todos. Para conseguirmos avançar e combater essa reestruturação e imposições do governo contra os trabalhadores é preciso muita luta, união de todos”, pontuou.

Apesar da importância social e altos lucros, o Banco do Brasil vem sofrendo tentativas de desmonte. Foi anunciado, no último dia 29, mais um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com previsão de extinção de funções, redução de postos de trabalho, fechamento de agências e departamentos. O banco informou que cerca de 710 agências serão impactadas em todo país, sendo que 634 diminuirão de nível.

 

Para o secretário geral do sindicato e bancário do BB, Rubens Jorge Alencar, o Banco do Brasil sempre teve grande importância na vida social e econômica do país nos seus mais de 200 anos de existência.

“Nos últimos anos, sua desenvoltura como braço forte do Governo, nas ações de cunho social, econômico, bancarização dos menos favorecidos, ampliação do acesso ao crédito e a fomentação das atividades agrícolas e pecuárias, entre outras, o tornaram um importante fator de desenvolvimento da economia. É importante ressaltar que com o fechamento de agências de bancos públicos, 57% das cidades brasileiras podem ficar sem agências bancárias”, destacou.

Além do fechamento de agências e movimentação de pessoal, o banco prepara um novo Plano de Desligamento Voluntário (PDV), com adesão voluntária e de caráter pessoal. Os protestos desta sexta fazem parte do calendário de luta em defesa dos bancos públicos, definido na 21ª Conferência Nacional dos Bancários.

Lucro

O Banco do Brasil obteve um lucro de R$ 8,679 bilhões no primeiro semestre de 2019, crescimento de 38,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A rentabilidade do banco chegou a 14,9%, ante 11,5%, na comparação entre os mesmos períodos. Apenas em 2018, o BB lucrou R$13,5 bilhões.

Mesmo com o ótimo resultado, o banco encerrou 1.414 postos de trabalho em 12 meses, sendo 322 apenas no primeiro trimestre deste ano. O número de agências do BB chegou a 4.716 em março de 2019, o que significa redução de 31 unidades em 12 meses.

 

O secretário de Relações Sindicais do SEEBCG-MS, Everton Gaeta Espindola, questiona o sentido da privatização em um banco que possui lucros cada vez mais crescentes.

“Nós temos que trazer os bancos públicos para uma realidade de gestão mais efetiva, mais eficaz e que traga benefícios para a população. Qual é o sentido de uma privatização? Precisamos continuar com o movimento de conscientização e mostrando o porquê esse banco público é importante. Bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, dão muito lucro, é preciso se questionar qual é o interesse da privatização. Precisamos ter um movimento que reúna todas as classes trabalhadoras, pois isso não interessa e afeta só ao bancário e sim a toda a população”, finalizou.

Por: Daiana Porto/Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Foto: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação


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