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5 de Julho de 2018 às 16:03

Bancários participam do Dia Nacional em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional

Trabalhadores vão às ruas, inclusive na região Centro-Norte, para defender patrimônio público que está sendo desmontado pelo governo ilegítimo de Temer


Bancários participam de ato em defesa das empresas públicas na Rodoviária de Brasília

Bancários de todo o Brasil se uniram a diversas outras categorias no Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional, nesta quinta-feira (5). Os trabalhadores do sistema financeiro do Centro-Norte também participam das atividades em praticamente todas as bases da Fetec-CUT/CN. A data foi definida pelo Comando Nacional dos Bancários em reunião realizada na quinta-feira (28).

Além dos bancários, trabalhadores de empresas públicas nacionais, estaduais e municipais, petroleiros, eletricitários, urbanitários, metroviários, funcionários dos Correios mostraram à população como as empresas estatais estão ameaçadas de privatização pelo governo golpista de Temer e outros governantes que defendem a mesma cartilha neoliberal de estado mínimo para a população e lucros máximos para o capital privado.

“Os trabalhadores mais uma vez vão pra rua defender a soberania nacional e as empresas públicas, fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país, mas que estão desmontadas pelo governo golpista e ilegítimo para atender os interesses do grande capital”, critica Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

Liminar barra privatizações

"Conseguimos uma liminar que é uma medida provisória para barrar as privatizações. O que realmente garante a defesa das estatais e dos bancos públicos é a luta e o esclarecimento da população para fazer a defesa do patrimônio nacional. Todos precisam saber a importância dessas estatais para a sociedade e as consequências ruins caso sejam privatizadas", afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. "Temos de fazer de cada agência bancária e de cada bancário um militante em defesa das empresas públicas. As eleições também estão aí e serão um momento estratégico para votarmos em candidatos que defendam os bancos públicos", ressalta a dirigente. Saiba mais.

Dionísio Reis, coordenador da a Comissão Executiva de Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), lamentou que as empresas públicas estejam sendo vendidas a preço de banana. “As empresas públicas atuam em áreas estratégicas e só por meio delas há investimento para o desenvolvimento do país”

Wagner Nascimentos, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), acredita que defender as empresas públicas é, de fato, defender o Brasil. “É defender o Brasil do desenvolvimento regional, do incentivo à produção, da pesquisa industrial. E os bancos públicos têm papel fundamental nesse contexto. Precisamos de mais bancos públicos para fomentar o crédito habitacional e agrícola e ainda o importantíssimo crédito educacional. Por isso defendemos que o Banco do Brasil retome seu papel histórico. Hoje foi um dia importante para defender esse papel."

Para Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e empregado da Caixa, as empresas públicas estão sofrendo o maior ataque dos últimos anos. “Nós voltamos à década de 1990, quando as empresas estatais eram tidas como as vilãs. O ataque está sendo muito mais forte, mas, além do ataque do governo, há também um ataque do sistema judiciário. Esse dia para fazer a defesa das empresas públicas é muito importante para mostrar à população quão nefasta é essa política de acabar com as empresas públicas”.

De acordo com Fernanda Lopes, secretária da Juventude da Contraf-CUT e representantante da Contraf-CUT na CEBB, é importante exaltar que não são só os bancos públicos que estão em risco, mas sim todas as empresas públicas. Para ela, a atual governo dilapida as empresas públicas para prejudicar sua imagem e tirar a importância que elas têm. “Os bancos públicos, por têm um papel fundamental para fomentar a economia e a gente tem sim que fazer essa defesa, é muito importante para a população. Um país sem as empresas públicas é um país dependente do capital privado. É público é importante, se é público, é para todos, é da população”.

“Onde já se viu uma grande empresa abrir mão para a concorrente? Só a gestão do Temer acha que isso é melhor para a Petrobras e para o Brasil. Entregar as nossas refinarias para a concorrência internacional, para elas darem o preço. O que levou a greve dos caminhoneiros foi a lógica da concorrência internacional. Para a gente ter uma Petrobras que atenda o povo brasileiro, uma conta de energia barata, a partir de uma Eletrobras que atenda o povo brasileiro, financiamento e crédito para a população, é só com as empresas estatais”, diz Felipe Grubba, diretor do Sindipetro-SP.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT


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